Trabalho e evolução

Do grupo que participou da criação do espetáculo Os que vivem dentro de nós, três atores participaram das duas temporadas: Ana Carolina Miranda (Raquel), Eduardo Japiassu (Wélvio) e Hermínia Mendes (Lívia). A participação dos três foi registrada em vídeo, possibilitando um olhar sobre o crescimento de cada um a partir do trabalho com seus respectivos personagens, realizado nos oito meses de intervalo entre os dois períodos de apresentações. Clique nos nomes de cada ator ou atriz a seguir para assistir vídeos que registram trechos de suas atuações em maio de 2011 e em janeiro de 2012. Ana Carolina - Eduardo - Hermínia.

Bernardo - Diego Albuck

Na retomada da peça Os que vivem dentro de nós, após a temporada maio/junho de 2011, Diego Albuck assumiu o texto da personagem Bel, criada (e originalmente interpretada) por Ana Dulce Pacheco (clique aqui para ver o trabalho de Ana Dulce). A escolha desse papel foi feita pelo próprio Diego, que também se responsabilizou pelos ajustes no texto quanto ao gênero do personagem: ao invés das falas se referirem a uma mulher, elas passaram a pertencer a Bernardo, irmão de Bel, invertendo a situação original. Veja agora momentos do trabalho de Diego na apresentação única de 31 de janeiro de 2012, realizada sete meses após a primeira temporada.

Suzana - Janaína Gomes

No dia 31 de janeiro de 2012 Janaína Gomes finalmente pode representar Suzana no palco, a personagem que ela criara um ano antes, quando estava grávida (clique aqui e veja o vídeo do improviso de Janaína, que serviu de base para criação da personagem de Suzana). Com forte marca humorística, a cena criada por Janaina - com dramaturgia de Diego Albuck - mostra uma atriz famosa que passou por vexame num programa de TV ao vivo. Numa coletiva de imprensa, ela procura lidar com a situação e tirar o máximo proveito da atenção da mídia. Assista agora momentos da apresentação de Janaína no palco do Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro). Conheça também o blog (fictício) Suzana Forever da fã Vera Melo, criado por Onézia Lima como exercício de expansão do universo da personagem Suzana Glamour.

Ricardo - Luiz Felipe Botelho

Luiz Felipe Botelho resolveu interpretar esse personagem tanto para cobrir uma lacuna no elenco quanto por uma necessidade de vivenciar a mesma técnica que estava trabalhando com os atores. Na peça Os que vivem dentro de nós, Ricardo é o nome do primo da personagem Valkíria, criada e originalmente interpretada por Regina Medeiros, com dramaturgia de Amanda Torres. Colocar na boca de Ricardo as palavras de Valkíria foi uma solução óbvia e adequada por duas razões: primeira, porque os grupos estavam buscando uma cena próxima da realidade, que soasse quase confessional, por isso interpretar uma mulher complicaria e confundiria o processo dentro das condições disponíveis; segunda, porque a situação descrita por Valkíria poderia ter sido vivida pelo próprio Ricardo, já que os dois estavam juntos na ocasião focalizada pelo texto. Clique aqui e assista um trecho da cena interpretada por Luiz Felipe.

Ensaios

Com o final da curta temporada de Os que vivem dentro de nós (maio/junho de 2011) e a consecutiva saída de três integrantes do elenco, parecia que o ciclo daquele trabalho iria terminar ali. Porém o grupo se reorganizou e retomou o trabalho, motivado em especial pela empolgação da atriz Janaína Gomes, interessada em vivenciar os exercícios dos quais não participou por ter dado à luz durante os ensaios da primeira temporada (veja video sobre o fato clicando aqui). Para completar o elenco e garantir a realização do espetáculo sem partir da estaca zero, incorporaram-se ao trabalho Diego Albuck, do GED e aluno do Curso de Artes Cênicas da UFPE e Luiz Felipe Botelho, que há mais de dez anos não subia no palco como ator. Se Botelho era coordenador do Projeto, Diego estava acompanhando o processo de construção da peça desde suas origens, redigindo o diário da encenação. Momentos dos ensaios dessa retomada, que culminaria com uma apresentação única em 31 de janeiro de 2012, foram gravados e posteriormente editados em três clipes que você pode acessar clicando nos links a seguir: ensaios 1 - ensaios 2 - ensaios 3.

Mayara - Sofia Abreu

O que fazer quando se é traído por aqueles a quem mais amamos? Essa é a questão enfrentada - e resolvida - por Mayara, personagem do monólogo criado por Sofia Abreu, com dramaturgia de Luiz Felipe Botelho. A vingança é a solução escolhida pela personagem e são as cenas de descrição dessa vingança que você poderá ver clicando aqui, em imagens gravadas na primeira temporada da peça Os que vivem dentro de nós. Experimente também colocar-se no lugar da personagem e testemunhar as consequências das várias escolhas possíveis, jogando o game Se você fosse Mayara, um blog-adventure criado por Luiz Felipe Botelho.

Valkíria - Regina Medeiros

Valkíria não suporta gatos. Tanto que isso começou a atrapalhar a vida dela. Na terapia, descobriu que o medo de gatos escondia algo bem mais incômodo... Criado por Regina Medeiros, com dramaturgia de Amanda Torres, o monólogo de Valkíria é outro momento da peça Os que vivem dentro de nós. Veja cenas desse monólogo na primeira temporada da peça clicando aqui. Conheça também o blog As sete vidas de Valkiria Lira, criado por Amanda, no qual a personagem descreve como lidou com seu medo de gatos durante a terapia.

Lívia - Hermínia Mendes

Disseram a Lívia que ela estava com os dias contados. Ela não tem certeza se está sonhando ou não. Lívia está diante dela mesma, no centro da Eternidade... Lívia é uma criação de Hermínia Mendes, com dramaturgia de Márcio Andrade. Clique aqui para ver as cenas do monólogo dessa personagem durante a primeira temporada da peça Os que vivem dentro de nós. Saiba um pouco sobre o processo de criação de Lívia clicando aqui. E aproveite para conhecer o blog Livia4ever, criado por Marcio Andrade, onde ele propõe que você exercite seus dotes dramatúrgicos propondo um ou mais futuros para Lívia.

Wélvio - Eduardo Japiassu

A um primeiro olhar, ele é uma pessoa comum. Cuidado, pois esse é um engano que todos cometem e que pode ser mortal, já que se trata de um homem inteligente e perturbado. Ele é Wélvio, mais conhecido como "O maníaco do Motel". Wélvio foi criado por Eduardo Japiassu, com dramaturgia de Ruy Aguiar. O personagem reflete os limites do comportamento humano em nossos tempos e a necessidade de lançarmos um olhar crítico sobre nosso modo de viver neste mundo. Clique aqui e veja Eduardo interpretando Wélvio na primeira temporada de Os que vivem dentro de nós.  Assista também a série de cinco vídeos que expandem o universo desse personagem (clique nos titulos para acessar): Modus operandi, Primeiras testemunhas, Sobrevivente, Prisão e Fuga. Os vídeos satirizam reportagens de programas policiais sensacionalistas, tendo sido roteirizados por Diego Albuck, dirigidos por Luiz Felipe Botelho e contando com a participação muito especial de Cleyton Cabral, Giordano Castro, Márcio Andrade e Mariquinha Santos.

Bel - Ana Dulce Pacheco

Bel é uma jovem que enfrentou problemas pessoais que muitas pessoas mais velhas jamais sonhariam: anorexia, bulimia e a persistente sensação de não ser aceita no mundo. O limite dessa situação é o foco desse monólogo, criado por Ana Dulce Pacheco, com dramaturgia de Onézia Lima. Assista cenas de Ana Dulce interpretando Bel na primeira temporada de Os que vivem dentro de nós clicando aqui. Conheça também o blog Janelas Entreabertas, criado por Onézia, cujos posts fictícios expandem o universo de Bel através do olhar do irmão dela, Bernardo.

Raquel - Ana Carolina Miranda

Foi na praia que Raquel conheceu Alberes, um homem de classe média alta e em plena crise de meia idade. Raquel tem pouco mais de vinte anos e vê em Alberes a oportunidade de adquirir status e uma vida sem problemas financeiros. O monólogo de Raquel é uma das várias histórias que integram a peça Os que vivem dentro de nós. Esse monólogo foi idealizado e interpretado por Ana Carolina Miranda, contando com a dramaturgia de Elton Rodrigues, que também criou uma extensão do universo desse personagem no blog Textículos do Alberes, no qual posts fictícios do desafortunado amante resumem a trajetória da relação entre ele e Raquel. Clique nas palavras com cores diferentes a seguir tanto para ver a atuação de Ana Carolina quanto para saber mais sobre como Elton Rodrigues trabalhou a dramaturgia.

Sobre "Os que vivem dentro de nós"

"Os que vivem dentro de nós" é o nome da peça resultante de processo de um ano (janeiro 2011/janeiro 2012) envolvendo criação individual, criação coletiva e técnicas de interpretação. Começou com improvisos dos atores do GETA, apresentados ao público com o nome de Confissões e gravados em vídeo; em seguida o áudio dessa apresentação foi trabalhado pelos dramaturgos, resultando em textos que foram repassados para os atores, visando posterior encenação. O trabalho dos atores com esses textos recorreu a uma técnica desenvolvida no próprio grupo, baseada em estudos da bioquímica e fisiologista Ida Rolf sobre o modo como as tensões musculares atuam na dinâmica corporal enquanto sistema e, consequentemente, na expressão do indivíduo como um todo. A peça estreou em maio de 2011, no Festival Palco Giratório (SESC-PE), ficando um mês em cartaz no estúdio da Massangana Multimídia (Fundação Joaquim Nabuco). Com a saída de três integrantes do grupo, os remanescentes se reorganizaram para realizar mais uma apresentação, que aconteceu em janeiro de 2012. Os próximos posts revisarão os dois ciclos de apresentações, os ensaios entre eles e vídeos com cenas de cada personagem nas duas temporadas.

The end

Terminou o ciclo dos Grupos de Estudos de Artes Cênicas do Projeto TelaTeatro, após quase três anos de atividades ininterruptas e muitas realizações, muitas delas disponíveis na internet. Porém, mesmo com o encerramento dos trabalhos desses grupos, todo o conteúdo produzido por eles e ainda não veiculado continuará a chegar o público tanto através da web (este blog continuará divulgando as novidades) quanto na forma de publicações. Quanto ao Projeto TelaTeatro em si, aguardem novidades para o segundo semestre.

Na tela da mente!

Hoje aconteceu o lançamento do episódio final da minissérie "Stufana" em formato de radionovela. O trabalho foi gravado no estúdio da MMP com praticamente todo o elenco original, contando com a participação de convidados como Arthur Canavarro, Cleyton Cabral, Mauro Monezi e Pascoal Filizola, que substituiu Roberto Brandão. A curiosidade desse lançamento esteve no fato dele acontecer no Cinema da Fundação, precedido por um audiovisual que resumiu os antecedentes da trama da minissérie e descreveu os principais personagens. Em seguida a platéia passou a ouvir a radionovela, enquanto as imagens que estariam na tela iam naturalmente sendo projetadas na mente da cada ouvinte.
Tivemos receio de que o experimento causasse algum desconforto nos presentes, afinal seriam quarenta minutos de "ação auditiva". Até deixamos as pequenas luzes da escada acesas, caso alguém quisesse sair. Mas, ao final da "exibição", não só ninguém saiu como foi interessante ouvir de muitos espectadores que teria sido melhor se a escuridão tivesse sido total.
Seguiu-se um debate onde o foco foi a comparação entre a nossa época, com tantas telas em todos os lugares e um passado, nem tão distante assim, onde era o rádio que reinava pelo mundo afora.

Um DVD para todos provocar

Por se tratar de um projeto que lida com a prática do trabalho criativo, nestes quase quatro anos de existência do TelaTeatro, nem sempre foi fácil dar uma idéia clara das inúmeras possibilidades de desdobramento que ele abre em seu escopo. O volume dois da Coleção Teatro, produzida pela Massangana Multimídia Produções (produtora da Fundação Joaquim Nabuco) tem o objetivo de preencher ao menos parte dessa lacuna. Em dois DVDs ele apresenta um resumo das atividades do Projeto no período de 2008 a 2010 e seus principais produtos: o DVD 1 focaliza o curso "Na fronteira das linguagens" e o DVD 2 trata dos Grupos de Estudos. São documentários, registros, curtas, fotos, além da íntegra da minissérie Stufana. Nos extras, faixas de comentários e legendas em português e inglês. Esse DVD, que será lançado no próximo dia 30, estará a venda a partir de fevereiro nas lojas da Editora Massangana (uma delas fica no edifício da Fundaj do Derby, Rua Henrique Dias 609).

Transitando na fronteira

Nos dias 30 e 31 de janeiro, a Fundação Joaquim Nabuco, irá realizar o evento Transição na Fronteira, com o lançamento e a apresentação de realizações do Projeto TelaTeatro no 2º semestre de 2011.
O evento, que marca a conclusão das atividades dos atuais Grupos de Estudos de Dramaturgia (GED) e do Trabalho do Ator (GETA) acontecerá durante dois dias em locais diferentes:
Na segunda, dia 30, o evento acontecerá no Cinema da Fundação, a partir das 19h30min, onde será exibido o capítulo final da minissérie "Stufana" em formato radionovela e o lançamento do DVD Coleção Teatro V.2, abordando as realizações do Projeto TelaTeatro.
Já no dia 31, haverá a apresentação da peça teatral "Os que vivem dentro de nós", realização dos grupos de estudo de Artes Cênicas do Projeto TelaTeatro, no Teatro Marcos Camarotti, localizado no SESC Santo Amaro, às 20:00h.
Veja a seguir as artes da divulgação eletrônica.