domingo, 27 de fevereiro de 2011

Geladeira em manutenção

Devido a problemas técnicos, hoje não teremos o Sushi de Cena. Como as ilhas de edição da Massangana Multimídia estão sobrecarregadas, não tivemos como converter os contraplanos dos sushis gravados em mini-DV no dia 21/02. Enfim, o peixe já foi comprado, mas não tivemos como conservá-lo e tratá-lo por aqui. Esperamos postar o Sushi desta semana até quarta-feira, sem falta.

Confissões - Alberes

Quando assisti à apresentação de Carol sobre a história daquela mulher totalmente maquiavélica e seu relacionamento com o "coitado" do Alberes, na hora deu vontade de ter feito o texto. Tudo na história me agradava, a personalidade dela, a de Alberes, o tom de comédia recheado de humor negro. Assim que Felipe nos disse que cada dramaturgo iria trabalhar uma das confissões, eu já sabia qual iria fazer.
E é interessante essa questão de identificação. Cada dramaturgo se identificou com uma personagem diferente e cada um aprofundou a experiência não ao seu modo, nem ao modo do ator, mas ao modo da personagem. Em todos os textos vemos saltar à nossa frente essa terceira pessoa, com a cara dos atores, mas com personalidade e palavras próprias.
Foi um exercício de visualização e interpretação. Ao mesmo tempo em que via Carol interpretando aquela mulher, deixei a personagem falar por meio de mim e busquei aprofundar a historia que nos fora apresentada, conhecer mais a forma de pensar daquela pessoa.
Só tenho a agradecer aos atores pelas historias fascinantes que nos apresentam e por nos mostrar como é possível se entregar e dar voz às personagens.

Clique aqui para ver um trecho do improviso de Ana Carolina sobre Alberes.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sushi de cena ao vivo.

Hoje tivemos nosso segundo encontro com o público na nossa sala azul. O exercício "Sushi de cena" ao vivo, foi incrível.
O "Sushi de cena" surgiu como um exercício fresquinho para nosso blog e ontem o público deu aquele molho shoyu que faltava. Objetividade, essa seria a palavra para resumir o dia de ontem. Para todos o exercício estava claro e, se não estava, a explicação de Felipe em poucos minutos já foi de bom tamanho. Concentramo-nos, demos uma pausa para respirar e fazer alguns exercícios.
A platéia chegou e com ela a segurança. Estávamos mais seguros e este inclusive foi o comentário de Ruy Aguiar um dos integrantes do GED. Sorteamos os números e criamos uma ordem de apresentação, contando desta vez com a presença do público. O ator escolhia a carta, Felipe dava a indicação de quem iríamos escolher da platéia (sexo e faixa etária), convidamos alguém da platéia e em seguida, nós atores nos preparávamos para cena encontrando nosso corpo neutro. Quando sentíamos que estávamos preparados, líamos a carta e, por fim, surgia o personagem que tinha naquele momento um ouvinte especial.
As cartas continham “o que dizer”, “a quem dizer” e em qual o contexto o personagem estava inserido.
Surgiram situações interessantíssimas graças ao GED, que contribuiu para a idealização das cartas. Logo após as apresentações, tivemos um bate papo gostoso com o público e um dos questionamentos interessantes foi sobre como sentíamos a diferença entre fazer o exercício sozinhos no palco e fazer com alguém da platéia diante de nós. A reflexão feita e unanime por parte dos atores foi a de que sozinhos poderíamos conduzir o jogo como queríamos, ficando voltados mais para dentro. Com a presença de um ouvinte especifico, que estava inserido na dinâmica, este fluxo mudava, já que ali havia uma troca de energia e por vezes o convidado reagia e interagia, como ocorreu mais especificamente comigo (Janaina) e com Dulce.
Enfim, noite especial, cheia de novidades e surpresas para nós atores e platéia.
Agora é hora de nos recolhermos um pouquinho, guardar a energia para nosso espetáculo que estréia em abril.
Então, até lá. E, enquanto isso, acompanhe a gente por aqui, pois tem sempre postagens "fresquinhas" toda semana.


Por: Janaina Gomes, Felipe Botelho e Sofia Abreu

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sushi de Cena 2

Assista agora no YouTube o Sushi de Cena número dois, "fugu especial", um improviso fresquinho com a atriz Sofia Abreu. Domingo que vem tem mais. E amanhã, ao vivo, gravação de Sushis de Cena aberta ao público no estúdio da MMP, na Fundação Joaquim Nabuco do Derby, às 19h30.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gravando o sushi


Próxima segunda, 21 de fevereiro, tem gravação do "Sushi de Cena" aberta ao público. Apareçam. A entrada é gratuita. Onde? No estúdio da Massangana Multimídia, na Fundação Joaquim Nabuco do Derby. Horário? 19h30.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Almas Leves
















Dia marcado pela leveza e pela objetividade
Hoje nosso encontro foi no mínimo intrigante. Começamos já com duas faltas: Jana e Sofia. Mas elas estavam lá de alguma forma. Hoje decidimos fazer mais um exercício aberto ao público - o Rodízio de Sushi de Cena. Ficou acordado que Felipe escreverá juntamente com os meninos do GED algumas cartas-improviso que usaremos na próxima semana às 19:30h, num exercício com base semelhante à de “Confissões” (o que, pra quem e contexto), sendo que com um shoyu diferente. SURPRESA!
Fomos pra prática do dia: o movimento do som. E conhecemos duas pessoas lindas e cativantes. O primeiro foi Leandro. Um personagem rico com algumas características - MEU NOME É LEANDRO. O que sabíamos dele era que tinha 5 anos de idade, magro, negro, usava uma bermuda branca e estava parado na rua de barro perto da sua casa. O Leandro nos veio em 5 versões criadas cada uma por Carol, Regi, eu, Edu e Hermínia. Com o uso de blablação, Leandro criou corpo e vida através de ações dadas por Felipe. Pra contrastar, logo depois que Leandro se foi, veio Altair. MEU NOME É ALTAIR (tanto podia ser homem como mulher). Uma pessoa idosa, com bisnetos, que andava de bicicleta e era FELIZ. Existe característica mais marcante e desafiadora do que FELIZ? Enfim… era FELIZ oriental, FELIZ francesa, FELIZ esportiva, FELIZ brincalhão e FELIZ da conta. Altair veio pra mexer com cada um. E mexeu. Surgiram dificuldades, risadas, racionalismo… coisas pra serem pensadas e, pensamos.
Postado por Ana Dulce Pacheco e Felipe Botelho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Kyara e o paradoxo da presença na ausência

A arte-educadora, bonequeira e diretora teatral Kyara Muniz participou do nascimento desse trabalho com os Grupos de Estudos e, por razões que fugiam à vontade dela, há quase um ano teve que se afastar dos GEs. Mas o afastamento foi só físico, pois nunca deixou de acompanhar cada passo do que se fez e se faz. Hoje ela mandou noticias que merecem ser postadas aqui. Segue a íntegra da mensagem dela:

Me emociona e deixa-me intensamente feliz saber e ver o momento em que estamos. A retomada com o exercício público (a exemplo do sushi de Hermínia Mendes) mostra uma maturidade e crescimento no trabalho e em cada um que faz parte deste grupo. É incrível ve-los hoje e lembrar de outros momentos anteriores onde predominava medo, incerteza, fragilidade, angústias. Não que algum desses elementos não possam ainda existir, mas não impulsionam o "não fazer" ou o "não conseguir".

Vejo tudo tão dinâmico e consistente desde sempre, percebo coesão, partilha, encontro, segurança. A nossa jornada é muito bela e, nesses grupos em especial, o alimento que todos partilham traz mais luz aos corações.

por Kyara Muniz, um corpo ausente numa alma presente

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sushi de Cena 1

No video postado logo abaixo, a atriz Hermínia Mendes interpreta uma jovem que faz surpreendente revelação para o melhor amigo. Isto é o que acontece neste primeiro "Sushi de Cena", série de improvisos realizados tanto durante os encontros do GETA quanto em apresentações abertas ao público no estúdio da Fundação Joaquim Nabuco (Derby - Recife - PE). O título "Sushi de Cena" vem da idéia de se apresentar algo tão cru e fresco quanto a iguaria nipônica. O que você verá é o resultado de um exercício no qual os atores interpretam um personagem a partir do estímulo de três focos contidos em cartas escolhidas aleatóriamente, sem ensaio, sem nada. Os focos são: o que dizer, a quem dizer e em que contexto dizer. Com ou sem edição e usando recursos muito simples de iluminação e captação de áudio, o registro em vídeo entra na mesma vibe de lidar com a improvisação e os desafios do momento. Um novo sushi será servido a cada domingo, sempre a partir das 19h, sempre com novos ingredientes: drama, comédia, mistério, suspense, terror, nonsense e muito mais. Este primeiro sushi também está disponível em HD no YouTube. Clique aqui para acessar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Som e Sushi

Ontem (07/02/2011) nosso trabalho na sala azul foi focado na voz e suas infinitas possibilidades. Brincar sério com essa saída de ar não é pura magia. E sim controle e desvendamento do aparelho fonador. E tanta coisa é possível… ritmo, tons, timbres,como uma música onde intervalos e sons se alternam na composição. Ontem, Ana Dulce Pacheco falou: “Vimos o som.”
Ainda há muito o que ver e daremos continuidade a isso segunda que vem.

Mas antes do encontro preparamos algo especial para a sala azul virtual. PREPARE O HASHI E O MOLHO SHOYU!!!
Domingo começaremos a postar o “Sushi de Cena- um improviso cruzinho pra mim e pra você”.
Mas como ele é preparado? Nós, atores, recebemos uma cartinha surpresa e a partir do que ela propõe teremos que dar vida a um momento CRUcial de um personagem. Nela consta O QUE esse personagem está prestes a falar, A QUEM ele vai dizer isso e em que CONTEXTO esta cena vai acontecer.
Pronto. Depois de lida a carta, só nos resta olhar pra câmera e gravar.
Assim mesmo, no cru.
Esse é um tipo de trabalho no qual estamos nos exercitando há algumas semanas. Concentração, foco, improviso e fluxo de energia não podem faltar. É um desafio para o ator, mas o personagem quer falar e vocês poderão ouvi-lo.

Sushi de Cena. Às 19:00 horas no domingo.


por: Janaina Gomes, Luiz Felipe Botelho e Sofia Abreu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O retorno da sala azul virtual

Bem-vindos a nossa sala azul virtual. Neste ano de 2011 o Projeto TelaTeatro está abrindo suas portas para ficar mais íntimo do mundão. Semana passada, segunda-feira dia 24, tivemos nosso primeiro encontro cara-a-cara com o público nesse ano. Recebemos gente amiga para degustar do nosso aperitivo denominado “Confissões”. Foi ótimo.

Voltamos ao casulo para trabalhar em novos desafios ontem. O GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) se jogou em mais uma proposta de Felipe Botelho. Sala dividida em duas equipes, éramos três a três em um só personagem. Modelamos o corpo como criança que brinca com a massinha de modelar na hora do recreio. Éramos crianças com a responsabilidade de apenas estar presente no presente e foi a partir de estímulos “simples”, que serviram de base como: nome, idade, etnia e característica física mais forte que construimos duas personalidades ótimas de se trabalhar.

A Kátia Vartuí e o Felipe, criaturas lindas que surgiram e foram ganhando cada vez mais forma e conteúdo através de uma entrevista elaborada por cada equipe para saber um pouco mais sobre a intimidade dos personagens. Notamos a particularidade e o eixo da Kátia com sua serenidade necessária e do Felipe com o seu descaramento peculiar que lhe davam uma simpatia incrível.

Como diria Sofia Abreu, uma das participantes do grupo, é como se estivéssemos em um rio deixando com que a correnteza nos levasse, caso batesse o medo ou a angustia, sabíamos que estavam todos na margem desse rio estendendo a mão para que o navegante retomasse a terra firme.

Os diagramas a seguir mostram os pontos de tensão de cada personagem que desenvolvemos ontem: Kátia e Felipe. Aqui vai uma amostra de como as tensões no corpo podem virar a fonte para o personagem surgir e como corpos de atores diferentes reagem ao mesmo estímulo.

Qual o diagrama de Kátia? e o de Felipe?



É isso, nosso foco é a criação, sempre. Ela é exercício. Estamos praticando e você aí de fora? Semana que vem teremos novidades por aqui. Aguardem!!!!

Por: Janaina Gomes e Sofia Abreu