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quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Marana e Cora - Relatório - Dia 3
A busca da cena perfeita
Este é o título perfeito para abrir o meu último relatório sobre o episódio de Marana/ Cora Coralina. Como uma lagarta Marana vai tecendo a sua história que se concretiza na transformação da borboleta/mariposa Cora Coralina. Antes de começar as gravações já ganhamos a boa notícia de que o problema de Samanta Reis estava resolvido, isso causou alívio para ela e uma imensa alegria para a gente. Devido a graves problemas de produção o plano “B”, o qual chamarei de ‘Blackout (B.S)’, foi posto em prática. O então ‘Severino’ Diego Albuck assistente de produção/direção, dramaturgo, fotógrafo, realizava mais uma função: a de ator. Ressalvo aqui que ele já se preparava para isto, porque no primeiro dia de gravação ele, Felipe e Samanta praticamente mendigaram numa papelaria para arranjar sacos plásticos. Os funcionários se negavam a doar, fornecer ou mesmo vender as sacolas. O então ‘cara-de-pau’ Diego ficava pedindo aos clientes da loja para contribuir, isso foi com toda a certeza um belo laboratório para a construção de sua personagem. O mendigo era um papel que substituiria alguns personagens que estavam no roteiro.
As gravações começaram nas ruas transversais na FUNDAJ onde Marana deixava sua mala e encontrava livros em que um deles era a da poetisa Cora Coralina. Tamanha é a expressão de Samanta Reis que com muita avidez dava outro tom e assim Cora Coralina ganhava novos ares. Após essa cena veio à cena do mendigo, o então inexperiente em película Diego Albuck totalmente caracterizado não se opôs a fuçar o lixo e a encontrar a misteriosa mala de Cora. Com um personagem popularesco, o mendigo (Diego Albuck) causava estranheza nos curiosos que assistiam as gravações atenciosamente tanto que o nome real do ator ganhou ‘evidência’ no público. Um fato curioso foi um senhor que o chamou pelo nome e queria saber se a cena era algum trabalho da poderosa Rede Globo, mas quando soube que era um projeto feito por alunos, se entristeceu pelo fato do ator estar na rua descalço e trajado de mendigo e ficou pasmo quando soube que o intérprete não ganhava nenhum cachê para isso. Mediante a tanta feiúra, a boniteza de Samanta causava outro tipo de curiosidade, tanto que a atriz descolou um paquera de São Paulo que a observava da cabeça aos pés.
Outras cenas foram gravadas na casa de Felipe, na loja de 1,99 (lugar cleytiano de ser) que causava grande vergonha a Samanta que se intimidava em sair da frente da loja e alguém a repreender, era lindo de ver a grande mistura de alegria e vergonha alargada no belo sorriso da atriz.
Também se gravou numa praça, onde Samanta, com outra postura, representava e dava vida a Cora Coralina. As gravações agradaram unanimemente a todos os presentes que ficaram extasiados com a contribuição dos três para a fruição do processo.
Felipe não teve problemas com os atores nesse episódio. Afirmo isso porque Felipe, além de atores, contava com futuros diretores e críticos em cena, pois Samanta e Diego não se intimidavam e mesmo o diretor dando seu aval de cena gravada, eles pediam para repetir mais e mais vezes, tudo isso numa incansável “busca da cena perfeita”. Felipe adorava esse gesto e prontamente ligava a câmera e regravava.
Com um enorme e caloroso abraço Diego, Felipe e Samanta encerraram as gravações de mais um episódio. Quero agradecer a presença da atriz Thaianne Cavalcanti que nos visitou na FUNDAJ durante as gravações. Nos deu um imenso prazer contar com sua doce e meiga presença, enchendo os nossos corações de muito amor e carinho para continuarmos o trabalho. Aqui escrevo palavras ditas pela atriz: ‘Foi tuuuuudooooooo!!!’.
As gravações serviram de lição para todos que compuseram esse episódio. Responsabilidade e Compromisso são palavras que precisam ser revistas e mais contempladas no dicionário de cada um. Foi muito bom que tudo acabou bem. Espero que isso tenha servido de lição não só para os componentes, mas para os outros autores e atores dos episódios de Khassim e Latika e o de Céu e Ávana que estão por vir. Agora estamos na agulha para a gravação de mais um episódio, esse um pouquinho complexo, mas com ares de Oscar kkkkkkkk. Aguardem!! O episódio de Céu e Ávana, usando uma expressão de Felipe, é babaaado.
Obs: Meus amados dramaturgos e atores, esse foi um relatório muito estranho. Imagina que loucura falar de mim em terceira pessoa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
‘Severino’ Opss... I did it again
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).
segunda-feira, 8 de março de 2010
Marana e Cora - Relatório - Dia 2
‘Qual a pessoa que não tem problemas?’ É a pergunta ideal para começarmos a falar desse episódio. Mediante aos vários problemas tantos internos por parte de produções e externos por problemas pessoais da atriz, tudo isso contribuiu para um começo meio turbulento no dia de hoje. Felipe chega com uma cara de cansaço que expressava toda uma sucessão e saturação de fatores que contribuíram para toda sua tristeza. Mas, se tratando de Felipe Botelho isso durou por alguns segundos e logo se via um enorme sorriso em seu rosto, sinalizando que iríamos começar as gravações.
Antes de partir, arrumamos os saquinhos brancos com cocôs cinematográficos enlaçados com fita verde, a lixeira de fezes, a mala e todos os objetos que iria se precisar para a cena. Então fomos logo para a Kombi de Sr. Ricardo e nos dirigimos direto para a Caxangá, lugar alternativo para as gravações, por conta da falta de autorização da PE-15. Quanto às gravações posso dizer que foi a mais calma até agora em todo o processo de Stufana, graças a Sr. Jorge, D. Maria José e D. Tânia que abriram a sua casa para Felipe lá do alto da varanda poder gravar Cora Coralina andando pela avenida. A atriz ‘caxias’ não se intimidava em falar sobre suas impressões sobre as cenas e antes que Felipe pedisse para repetir, ela mesmo já solicitava a repetição da cena.
Hoje também foi gravada a cena da descida de Cora do ônibus, essa cena chamou a atenção de curiosos nos coletivos e também nos arredores da gravação. Por problemas pessoais de Samanta Reis as gravações foram feitas a tarde e por conta da falta de iluminação, tiveram que ficar 12 seqüências para amanhã de manhã. Ao conversamos no final da tarde, notávamos que o episódio de Marana era muito rico em detalhes e imagens, demonstrando uma inteira comunicação com a linguagem cinematográfica. Quero parabenizar aos dramaturgos pela criatividade e pela garra que vêm demonstrando no decorrer desse árduo processo. Contudo, podem apostar que a construção das cenas está ganhando vida e se pode ver a semente implantada por todos vocês sendo regada lindamente por Felipe e Samanta e florescendo para dar frutos no dia da exibição da minissérie.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).
Antes de partir, arrumamos os saquinhos brancos com cocôs cinematográficos enlaçados com fita verde, a lixeira de fezes, a mala e todos os objetos que iria se precisar para a cena. Então fomos logo para a Kombi de Sr. Ricardo e nos dirigimos direto para a Caxangá, lugar alternativo para as gravações, por conta da falta de autorização da PE-15. Quanto às gravações posso dizer que foi a mais calma até agora em todo o processo de Stufana, graças a Sr. Jorge, D. Maria José e D. Tânia que abriram a sua casa para Felipe lá do alto da varanda poder gravar Cora Coralina andando pela avenida. A atriz ‘caxias’ não se intimidava em falar sobre suas impressões sobre as cenas e antes que Felipe pedisse para repetir, ela mesmo já solicitava a repetição da cena.
Hoje também foi gravada a cena da descida de Cora do ônibus, essa cena chamou a atenção de curiosos nos coletivos e também nos arredores da gravação. Por problemas pessoais de Samanta Reis as gravações foram feitas a tarde e por conta da falta de iluminação, tiveram que ficar 12 seqüências para amanhã de manhã. Ao conversamos no final da tarde, notávamos que o episódio de Marana era muito rico em detalhes e imagens, demonstrando uma inteira comunicação com a linguagem cinematográfica. Quero parabenizar aos dramaturgos pela criatividade e pela garra que vêm demonstrando no decorrer desse árduo processo. Contudo, podem apostar que a construção das cenas está ganhando vida e se pode ver a semente implantada por todos vocês sendo regada lindamente por Felipe e Samanta e florescendo para dar frutos no dia da exibição da minissérie.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).
domingo, 7 de março de 2010
Novas postagens
Voltamos hoje com mais uma série de postagens, depois de quase dois meses de silencio forçado (nossa equipe blogueira é mínima e a trabalheira está intensa, devido à aproximação do lançamento da minissérie). Mas, vamos lá! Começaremos as postagens com a retomada dos registros dos episódios. Logo a seguir você já lê o primeiro dos dois relatórios de Diego Albuck sobre as gravações do episódio III (Marana e Cora). Amanhã, a partir do meio dia, tem o segundo. Na sequência da semana, sempre no mesmo horário, sairão postagens com comentários e fotos das gravações do episódio V, sobre Latika e Khassim, gravado nas dependências do Instituto de Olhos do Recife (IOR).
Marana e Cora - Relatório - Dia 1
Tic tac tic tac triiiimmm foi o que faltou para Felipe chegar cedo hoje no primeiro dia de gravação do episódio de Marana. Seu atraso foi devido aos seus despertadores que não o ajudaram nessa missão. Então o jeito foi apelar para os céus para que tudo corresse bem no dia de hoje:
‘Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.’ (Texto de João Grilo no Auto da Compadecida de Ariano Suassuna.)
Nada melhor para recorrer à eterna compadecida Socorro Raposo, que abrilhantou as gravações juntamente com a atriz Samanta Reis, que incorporava a Marana/Cora Coralina. Vale salientar que foi o encontro de crias de Socorro Raposo, pois a atriz Samanta Reis e ator/dramaturgo Diego Albuck começaram a sua história teatral no Espaço Cultural Inácia Raposo Meira, mantido por Socorro.
O tempo foi nosso inimigo e ao mesmo tempo nosso aliado nesse começo de jornada, pois começamos as gravações na casa de D. Terezinha de Jesus Botelho (Mãe de Felipe) e lá poderíamos viajar na infância e memória do nosso diretor. A casa era cheia de relíquias que vinham carregadas de grandes histórias e assim construíam o cenário perfeito para o pensionato onde Marana se instalaria. Tivemos alguns ensaios antes das gravações, entretanto era perceptível a relação de cumplicidade entre as duas atrizes. Por mais de vinte anos sem estar diante das câmeras, Socorro Raposo, apesar de um nervosismo corriqueiro, não se sentia inibida. Pelo contrário parecia estar bem confortável com as gravações.
Apesar do nervosismo, Samanta Reis estava muito segura em seu papel e até se denominava como uma atriz ‘caxias’, disciplinada, pois observava atentamente todas as deixas e rubricas. Os cenários pareciam acolhedores e Ana Maria Soares (Danone), empregada da D. Terezinha nos dava um apoio imprescindível nas gravações. Tudo correu bem, apesar de alguns atrapalhos como: barulho de gerador, dependência da instabilidade da luz natural, conversas paralelas e ruídos nos apartamentos vizinhos.
De um modo geral, a produção deste episódio não estava fluindo da mesma maneira, devido a uma série de pendências: retardo nas autorizações das locações, falta de vários objetos cênicos e indefinição de elenco. Felipe e Cleyton, em comum acordo, tiveram que adotar um plano ‘B’ para não comprometer o desenrolar das gravações. Muitas vezes é bom abrirmos mão de algumas coisas para que a obra flua e tudo conflua benignamente. Por hoje foi dado por encerrado o trabalho, que continuará amanhã.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).
‘Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.’ (Texto de João Grilo no Auto da Compadecida de Ariano Suassuna.)
Nada melhor para recorrer à eterna compadecida Socorro Raposo, que abrilhantou as gravações juntamente com a atriz Samanta Reis, que incorporava a Marana/Cora Coralina. Vale salientar que foi o encontro de crias de Socorro Raposo, pois a atriz Samanta Reis e ator/dramaturgo Diego Albuck começaram a sua história teatral no Espaço Cultural Inácia Raposo Meira, mantido por Socorro.
O tempo foi nosso inimigo e ao mesmo tempo nosso aliado nesse começo de jornada, pois começamos as gravações na casa de D. Terezinha de Jesus Botelho (Mãe de Felipe) e lá poderíamos viajar na infância e memória do nosso diretor. A casa era cheia de relíquias que vinham carregadas de grandes histórias e assim construíam o cenário perfeito para o pensionato onde Marana se instalaria. Tivemos alguns ensaios antes das gravações, entretanto era perceptível a relação de cumplicidade entre as duas atrizes. Por mais de vinte anos sem estar diante das câmeras, Socorro Raposo, apesar de um nervosismo corriqueiro, não se sentia inibida. Pelo contrário parecia estar bem confortável com as gravações.
Apesar do nervosismo, Samanta Reis estava muito segura em seu papel e até se denominava como uma atriz ‘caxias’, disciplinada, pois observava atentamente todas as deixas e rubricas. Os cenários pareciam acolhedores e Ana Maria Soares (Danone), empregada da D. Terezinha nos dava um apoio imprescindível nas gravações. Tudo correu bem, apesar de alguns atrapalhos como: barulho de gerador, dependência da instabilidade da luz natural, conversas paralelas e ruídos nos apartamentos vizinhos.
De um modo geral, a produção deste episódio não estava fluindo da mesma maneira, devido a uma série de pendências: retardo nas autorizações das locações, falta de vários objetos cênicos e indefinição de elenco. Felipe e Cleyton, em comum acordo, tiveram que adotar um plano ‘B’ para não comprometer o desenrolar das gravações. Muitas vezes é bom abrirmos mão de algumas coisas para que a obra flua e tudo conflua benignamente. Por hoje foi dado por encerrado o trabalho, que continuará amanhã.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Marana e Cora - No Derby - parte 3/3
A escolha do Derby não ocorreu apenas pelas facilidades logísticas. O episódio de Marana e Cora marca a chegada dos stufanens numa cidade grande, enquanto que, por exemplo, o de Ávana e Céu mostrava as personagens viajando pelo interior. No Derby temos tudo o que se convencionou como sendo elementos de uma grande cidade: trânsito congestionado, edifícios altos, pessoas andando para lá e para cá quase que robotizadas.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Marana e Cora - No Derby - parte 2/3
O personagem que antes era um funcionário do setor de achados-e-perdidos de um terminal rodoviário se transformou em um mendigo. Diego Albuck aceitou o papel com alguma resistência, mas deu conta da responsabilidade. Maquiagem simples e funcional, figurinos espertos (com direito a cofrinho - que ainda estou decidindo se vai entrar na versão final - vai deixar Diego?) e uma interpretação bem humorada fizeram esse personagem sair bem melhor do que imaginávamos. Novamente o oitão da FUNDAJ-Derby salvou cenas importantes. Foi lá que o mendigo encontrou um cantinho para abrir a mala em paz, em plongées fotografados com uma grua-árvore de última geração. As fotos deste post são de Samanta Queiroz.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Marana e Cora - No Derby - parte 1/3
Vejam aqui imagens das gravações que fizemos na rua na frente do prédio da FUNDAJ, a melhor opção para uma situação de emergência. Com o cancelamento inesperado de uma locação importante, adaptamos o roteiro para locações alternativas, de modo que a idéia original não fosse deturpada. Assim, o que seria gravado num unico espaço desdobrou-se em duas locações diferentes: a Av. Caxangá (que simulou um terminal de ônibus) e o bairro do Derby, com suas ruas e praças (onde a protagonista e um novo personagem realizariam as ações previstas para a locação original). E lá fomos nós para a rua. Gente, foi bem desafiador gravar na rua, sem qualquer estrutura, senão alguns sacos de lixo falso e a cara e a coragem de três pessoas. Bem desafiador e... muito divertido. Quantas vezes parei de gravar para rir do surrealismo do que estava acontecendo ali, ainda mais porque as cenas que gravávamos beiravam o inusitado. Marana (Samanta Queiroz), por exemplo, deveria procurar um lixeiro para deixar uma mala e acabaria decidindo deixar o objeto num monturo. Mas, ao olhar o monte de lixo, descobriria coisas que lhe interessavam. Para os transeuntes que se deparavam com as gravações dessas cenas e viam aquela jovem bonita e bem vestida remexendo no lixo, só restava passar bem longe, dar uma olhada desconfiada e pensar: "que presepada é essa?"! Amanhã tem mais: as imagens de um irreconhecível Diego Albuck interpretando um mendigo.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Marana e Cora - Estranhos adereços
O episódio de Marana foi o que exigiu a maior quantidade de adereços e, inclusive, aqueles mais inusitados, como os "croquetes" de argila e farinha de mandioca, o monturo de "lixo artificial" (!?), o adesivo marrom de reciclagem e a lixeira de 1,99. Contar detalhes sobre tudo isso é entregar demais a história. Ainda tem mais coisas, como os sacos plásticos brancos e as fitas verdes, cujas fotos são tão reveladoras que preferimos não postar. Diego vai falar dessas e de outras histórias nos relatórios, aqui, em breve.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Marana e Cora - O pensionato
O set do pensionato foi montado no apartamento da Sra. Terezinha Botelho, que o cedeu por um dia inteiro e a quem agradecemos a gentileza. Imagens de santos, quadros antigos de familiares, bibelôs, tudo isso compõs o imaginário da suave dona do pensionato, interpretada pela atriz Socorro Raposo, convidada especial para as sequências gravadas neste set. Tanto ela quanto Isolda Barreto (do episódio de Minussi e Vida) enfrentaram o desafio de ensaiar suas participações pouco antes das gravações, o que sempre causa alguma ansiedade. Mas o resultado ficou bacana e deverá mexer com os amantes da poesia, especialmente os fãs da poeta Cora Coralina. Agradecimentos a Ana Maria dos Santos, que colaborou para a montagem do set e a Diego Albuck (foto 1, diante do espelho), pelas imagens.
sábado, 16 de janeiro de 2010
O episódio de Marana e Cora
A partir de amanhã começaremos a série de posts diários sobre o episódio de Marana e Cora, escrito por Cleyton Cabral e Márcio Andrade, penúltimo desta rodada de criação dos grupos de estudos. Marana e Cora são duas personagens em uma mesma pessoa. Interpretadas pela atriz Samanta Queiroz, Cora é a nova Marana que surge após a aparente superação de uma situação difícil. vivem situações que foram gravadas em várias locações: a Av. Caxangá, as ruas do bairro do Derby, o térreo de um condomínio e o interior de dois apartamentos (dois quartos, uma sala e um banheiro). Participam desse episódio dois convidados especiais: a atriz Socorro Raposo e o ator Diego Albuck, que também é o assistente de direção dos episódios e co-autor do roteiro sobre Céu e Ávana. A exemplo do que temos feito aqui, começaremos com posts fotográficos e concluiremos com os relatórios dos dias de gravação.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - Relatório - Dia 3
Depois de dois dias intensos de gravação, o terceiro dia serviu para rever alguns erros e gravar cenas que faltaram. Mais uma vez nos dirigimos à Fazenda de Serra Seca para gravar as cenas extras com Sr. Euclides, com uma breve parada em Vertentes para deixar a atriz Janaína Gomes se deleitando e matando saudades da família, já que estava liberada das gravações. Felipe decidiu gravar as cenas extras porque ficaram faltando alguns planos do Sr. Euclides na sequência do jipe. Felipe aproveitou também e pegou alguns depoimentos dele e D. Iraci, que fizeram uma lindíssima participação no nosso episódio.
Depois de gravar, agradecemos ao casal e mandamos vários beijos e abraços para D. Lourdes (dona da casa onde gravamos ontem). Dali fomos à Vertentes pegar Janaína para almoçarmos em Taquaritinga do Norte, lugar em que Felipe gravou algumas panorâmicas da região para o episódio de Céu e Ávana. Mais uma vez percebemos a sintonia de Janaína e a classe dos garçons (kkk): mesmo tendo dito que já tinha almoçado, o garçom trouxe um prato e talheres para ela, insistindo para que almoçasse junto com a gente.
Após o almoço seguimos para plataforma de asa delta (rampa do Pepê) para gravar as paisagens adicionais. Mas, peraí alguém lembra o caminho? Não aparecia ninguém para explicar e Felipe só tinha vindo quando era pequeno. – “Segue por ali disse o homem”, então seguimos. “Ei a van não passa por aqui, disse Ricardo.” “Então vamos subir a pé, disse Felipe”. Regina nem esperou e já foi correndo. Janaína foi devagar com Teresinha e Felipe. Eu e Kyara fomos juntos um pouquinho na frente. E Ricardo?? Ficou com medo de subir e ficou lá. Aí subimos um pouco e vimos uma paisagem maravilhosa, no caminho tinha uma casa de veraneio linda e quando estávamos caminhando, um carro vermelho subia em direção a casa. Logo quando percebemos, a van do medroso Ricardo vinha logo atrás. Perder para um carro de pequeno porte não né Ricardo??? (kkkkk).
Entretanto quando eu e Kyara chegamos ao topo, não havia uma rampa, mas sim um reservatório de água fechado e sem saída. Maass cadê Regina?? Ela não foi a primeira a subir?? Cansou logo e vinha logo atrás com Janaína e Teresinha e Felipe. Com esse impasse, Felipe então retrucou: vamos descer então. Lá Ricardo já estava ambientado com o homem da casa e Regina como sempre correu logo e já estava lá embaixo íntima dele também. Detalhe: o homem com quem eles estavam conversando era Sr. José Pereira, mais conhecido como Dedé de Zé Pêu, que por uma incrível coincidência era primo de Sr. Euclides Leite, dono da Fazenda de Serra Seca. Todos ficaram atônitos com isso. Felipe gravou um depoimento dele e aproveitou para fazer entrevistas com todos nós, presentes naquela cena inimaginável. Seu Dedé nos disse que o caminho que estávamos seguindo era o certo. Mas, Felipe estava tão feliz como Dedé e aquela coincidência que acabou colhendo as imagens da paisagem dali mesmo. E assim nos despedimos e voltamos para casa de vez... Estávamos voltando para Recife outra vez.
A conclusão foi que, de um episódio complicadíssimo pela questão de tempo, recursos financeiros, custos, disponibilidades entre outras coisas, nós pudemos obter imensas recordações tais como: aprendermos uns com os outros, conhecermos pessoas que ficarão na lembrança de toda as nossas vidas e uma experiência única que ficará registrada na execução do episódio, que foram todas coincidências que regeram todo o trabalho. É importante frisar que voltaremos a Serra Seca para uma apresentação especial do episódio às pessoas que colaboraram para a realização dele, que foi... Falo ou não falo Regina e Jana?? Melhor não né?? Peraí!!! (Eu estou ouvindo a voz de Ruy pedindo para falar kkkk). Tá bom Ruy escreveu o episódio também, então ele é quem manda. Vouuuuu falaaaaaaar.
O MELHOR EPISÓDIO DE STUFANA kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Ávana e Céu de autoria de Diego Albuck e Ruy Aguiar, com as atrizes Janaína Gomes (Ávana e Mirtes) e Regina Medeiros (Céu). Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete) e Teresa Santos (Dona Lila). Participação especial: Kyara Muniz (mulher no jipe) e Euclides (homem no jipe).
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - Relatório - Dia 2
MANHÃ
Na manhã nublada do dia 22/12/09 tomamos nosso café da manhã e fomos nos preparar para a correria do dia. Entramos na van e pegamos Dora no meio do caminho. Tratei logo de ambientá-la no universo stufanense. Ao longo do percurso foram feitas algumas gravações dentro da van (diálogos de Céu e Ávana) e uma externa das personagens chegando numa cidade. Depois fomos direto para a locação da fazenda Serra Seca. Chegando lá as atrizes foram se caracterizar. Tamanha foi a transformação de Dora (Salete) e Teresinha (D. Lila) que realmente ficaram parecidíssimas uma com a outra.
A primeira cena a ser gravada foi a de Janaína e Dora, já que esta teria que voltar para o trabalho em Surubim. Ela avisou Felipe que estava disposta a ficar o dia todo, caso necessário, pois teria avisado no trabalho sobre as gravações. Mas ele preferiu não exigir isso dela. A cena de Janaína e Dora foi muito boa de se assistir – e tinha até público, os moradores da fazenda Serra Seca, vizinha à locação. O engraçado era ver Felipe dirigindo as atrizes e os moradores da fazenda para que as gravações pudessem ser desfrutadas por todos. Teresinha ficava imóvel e achava que até a respiração incomodava. Kyara dava uma de Daiane dos Santos e se contorcia toda para não aparecer nas imagens, e assim tirar bons ângulos das cenas.
A cena gravada nesse momento foi a do sonho em que Ávana via duas mulheres negras discutindo, uma muito parecida com ela e outra mais velha - eram mãe e filha. A composição de Mirtes (filha) foi escolhida por um dos autores Diego para ser a própria Janaína, enquanto Salete (mãe) era feita por Dora. A concentração das atrizes era impecável, dando um julgo de valor aqui, para mim foi a melhor cena do episódio, pois refletia claramente a minha visão na escrita. Elas tinham perfeito domínio da cena e eram fiéis ao que o texto pedia. Enquanto isso acontecia, Regina descansava para as gravações á tarde. Quando as gravações desta cena terminaram, Sr. Ricardo foi levar Dora para Surubim e Felipe começou novos ensaios na locação com Janaina e Terezinha. Naquela altura, Janaína já havia se trocado e voltado a ser Ávana.
Foi notável o nervosismo e inexperiência de Teresinha, mas o ensaio correu bem. As gravações começaram e a inquietação de Teresinha perdurou. O que se destacava eram a paciência de Felipe e a doçura de Janaina para mediar toda aquela situação.
Por conta do tempo nublado houve uma mudança nos planos e todas as gravações tiveram que acontecer naquele mesmo dia. O ator Plínio Maciel teve que ser dispensado, pois só chegaria para as gravações no dia seguinte. Quem assumiu o papel dele foi a atriz, modelo, fotografava, ginasta, Kyara Muniz. Só que tudo isso ficaria para a tarde, pois já era hora do almoço.
TARDE
O almoço de hoje foi em Vertentes, local onde se encontravam as raízes de Janaína. Foi um almoço rápido, porém caloroso, com a presença da tia de Janaína nos alegrando durante o almoço. Terminamos e voltamos logo para as gravações. Gravamos algumas externas da chegada da van e das atrizes pedindo carona na estrada. Gravamos alguns planos e contra planos de Céu. Também foram gravadas as cenas de Céu e Ávana chegando à casa abandonada. É bom ressaltar que a casa teria que passar por uma pintura, já que Céu via uma casa abandonada e Ávana uma casa habitável. Enquanto Felipe gravava a cena do Jipe com Kyara, Janaína e Regina (e também com a belíssima participação de Sr. Euclides fazendo uma ponta como ator), eu e Sr. Ricardo pintávamos a casa. Cena engraçadíssima, pois eu nunca pintei nada em minha vida, mas era bem monitorado por Sr. Ricardo. O resultado ficou ótimo e a casa estava pronta para filmar.
Com a cena do jipe gravada (que segundo Felipe, ficou ótima e engraçada), passamos à cena externa de Ávana e D. Lila. Teresinha já se sentia mais a vontade e a cena se desenvolveu bem. Assim, encerramos as gravações na fazenda. Presenteamos o casal Sr. Euclides e D. Iraci e a D. Lourdes e D. Fátima com um porta-retrato contendo as fotos que tiramos no decorrer das filmagens. Prometemos também retornar em Janeiro para mostrar o resultado do episódio. Dali, voltamos ao hotel em Surubim para jantar.
O jantar foi bem light em meio a sucos e açaí. Foi bem divertido e até teve uma situação maluca entre Janaína e um dos garçons. Antes que o namorado dela entenda mal, vou explicar: o garçom ouviu minha conversa com Jana e anotou os ingredientes de minha dieta como se fossem um pedido (kkkkkkkkkkk). Após o jantar fomos gravar uma cena extra para finalizar o episódio. Esta idéia veio lá mesmo em Surubim e casava com tudo o que ocorrera com as personagens. A decisão foi tomada em consonância comigo, que acatei a ideia de Felipe. A cena foi gravada em um parque de rua, onde as personagens se divertiriam numa roda gigante. Como Kyara me fez um pedido para que eu não colocasse minhas frases clichês. Eu e Regina escolhemos um trecho que é Luxo, Riqueza e Ostentação kkkkkk extraída da música “Roda Viva” de Chico Buarque:
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.
Envolvidos no clima desta cena de Céu e Ávana numa roda gigante, terminamos as gravações do episódio de Diego Albuck e Ruy Aguiar. Eu e Kyara também curtimos a roda gigante, Sr. Ricardo e Teresinha ficaram sentados na praça e Felipe ficou conversando com Aliandro e seus amigos revivendo antigos tempos. Satisfeitos com o resultado, podíamos descansar, mesmo sabendo que ainda haveria trabalho no dia seguinte.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Ávana e Céu de autoria de Diego Albuck e Ruy Aguiar, com as atrizes Janaína Gomes (Ávana e Mirtes) e Regina Medeiros (Céu). Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete) e Teresa Santos (Dona Lila). Participação especial: Kyara Muniz (mulher no jipe) e Euclides (homem no jipe).
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - Relatório - Dia 1
A partir de hoje teremos aqui a série de relatórios feitos por Diego Albuck sobre tudo o que aconteceu durante os três dias de gravações do episódio das personagens de Ávana e Céu. Veja o primeiro deles logo a seguir. Amanhã, às 21h, leia aqui o segundo relatório.
MANHÃ
A manhã de gravação do dia 21/12/09 foi de intensa movimentação. Fomos direto a fazenda Serra Seca, dos simpaticíssimos Sr. Euclides e D. Iraci que nos receberam com imensa alegria. Nós utilizamos vários móveis, roupas e utensílios domésticos, que eles não se intimidaram em nos emprestar para as gravações. Nem o automóvel de Sr. Euclides escapou das cenas, um jipe que era xodó dele, afirmava D. Iraci. As gravações aconteceriam na casa de D. Maria de Lourdes e sua filha D. Maria de Fátima que também nos receberam muito. Vale salientar que a fazenda Serra Seca fica perto de Vertentes, de onde se originou toda a família materna da atriz Janaína Gomes. Numa conexão com seu personagem Ávana, Janaína também estava revendo suas raízes, pois há tempos não visitava aquela região. Outra coincidência era que a mãe de D. Iraci era chamada de Céu.
Felipe estava todo afiado nessa gravação, pois tinha várias saídas caso o “Plano A” não fosse realizado. Kyara fotografava tudo sem pestanejar, cada ação era um flash. Sr. Ricardo estava ali sempre pronto para ajudar. As atrizes estavam concentradas, passavam sempre suas falas e faziam perguntas freqüentes acerca do texto e da entonação em cada ação.
Enfim, tivemos uma manhã cheia de surpresas e também de cenas engraçadas como Teresinha dormindo na van e segurando o isopor para que ele não caísse; além de Diego e Regina fugindo com medo dos bois e vacas da fazenda. E assim voltamos para Surubim para almoçar e nos instalar no nosso amado Hotel Cristal (Estávamos realmente na cidade de Cristal que era hotel, padaria, laticínios e etc.)
TARDE
Tivemos um almoço super agradável com poses de Kyara, a modelo fotográfica de óculos, que fazia caras e bocas enquanto aguardávamos o almoço. Acho que ela queria fazer propaganda da Ótica em que Auxiliadora Nascimento (Dora) trabalha. Felipe liberou a atriz Teresa Santos (Teresinha) para descansar e estudar seu texto, já que sua participação ocorreria no outro dia. Janaina e Regina também foram estudar, pois só teriam gravações mais tarde. Sr. Ricardo também foi liberado. Eu, Kyara e Felipe fomos fazer compras para as gravações e visitar Dora para avisá-la do ensaio que teríamos de tardezinha, já que as gravações com ela também aconteceriam no dia seguinte. Não só Janaína revia suas raízes, em meio às compras Felipe reencontrava seu amigo Aliandro que fizera teatro com ele.
Voltamos para o Hotel e começamos a gravar no quarto a sequência final do episódio. Era notável a segurança das atrizes Regina Medeiros e Janaína Gomes, porém o cansaço do dia abrasava as meninas e fazia, muitas vezes, Regina ficar insegura e ter um zelo crítico pela cena. Janaína se encontrava com dores de cabeça e isso a deixava nervosa. Além disso, houve batidas e barulhos externos que atrapalhavam a captação do áudio das gravações. Por isso, Felipe suspendeu a tentativa de gravação, que continuaria mais tarde. Assim, começou às 18:00h o ensaio com a atriz Auxiliadora Santos (Dora).
TARDE/NOITE
Eu, Regina e Kyara fomos convidados a sair do ensaio com a atriz Auxiliadora Santos (Dora) para deixar as atrizes Janaina Gomes e Dora a vontade. Depois de um tempo vimos o final do ensaio e ficamos todos embasbacados com a cena que estava prontíssima para se gravar. O nervosismo de Janaína sumira deixando Mirtes (seu outro personagem no episódio) ganhar forças juntamente com o semblante forte e ávido de Dora (Salete), que construíam a cena idêntica ao texto escrito. (Obs: Posso relatar isso de forma contundente, já que escrevi o episódio juntamente com Ruy). Encerrado o ensaio fomos jantar do jeito machadiano de ser no restaurante Capitu.
NOITE
O jantar foi divertidíssimo: conversamos sobre novelas, teatro, vida pessoal. Foi um momento em que pudemos nos entreter e nos deleitar uns com os outros. Voltamos para o hotel e já fomos direto recomeçar as gravações. Tivemos alguns ensaios antes para podermos compor a cena. Janaína se encontrava um pouco insegura, pois sabia que ia se deparar com cenas fortíssimas e que ia requerer grande interpretação dela. Felipe trabalhava as ações e reações trabalhadas na técnica. Era uma aula de direção e interpretação que partia da direção e das atrizes. Regina ainda continuava com seu zelo crítico. A dica de Felipe era para elas procurarem a intenção da personagem na cena e utilizar aquele cansaço físico e mental a favor delas. Janaína pediu para ir ao banheiro e voltou totalmente concentrada e pronta para gravar. A cena se desenhou como um quadro de pintura, Janaina entrou na personagem arrancando choro de todos os presentes, que ficaram emocionados com uma Ávana que acabara de descobrir que as três mulheres negras eram parte de sua família. Foi uma cena muito complicada em que Felipe monitorava tudo para que a composição não se perdesse. Vale registrar as congratulações para a atriz Janaína Gomes pela excelente interpretação.
A última cena exigia mais de Regina, momento em que Céu acalmava Ávana, tão complicada quanto a cena anterior. A autocrítica de Regina e as dicas de Felipe foram totalmente absorvidas pela atriz que compôs perfeitamente sua personagem, também arrancando aplausos dos presentes. Parabéns a Regina Medeiros pela dedicação a sua personagem.
Terminadas as gravações, já era hora de dormir, porque amanhã acordaríamos cedo para as gravações na fazenda. Eu e Felipe ainda ficamos acordados para planejar a seqüencia do dia seguinte e depois fomos dormir.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Ávana e Céu de autoria de Diego Albuck e Ruy Aguiar, com as atrizes Janaína Gomes (Ávana e Mirtes) e Regina Medeiros (Céu). Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete) e Teresa Santos (Dona Lila). Participação especial: Kyara Muniz (mulher no jipe) e Euclides (homem no jipe).
MANHÃ
A manhã de gravação do dia 21/12/09 foi de intensa movimentação. Fomos direto a fazenda Serra Seca, dos simpaticíssimos Sr. Euclides e D. Iraci que nos receberam com imensa alegria. Nós utilizamos vários móveis, roupas e utensílios domésticos, que eles não se intimidaram em nos emprestar para as gravações. Nem o automóvel de Sr. Euclides escapou das cenas, um jipe que era xodó dele, afirmava D. Iraci. As gravações aconteceriam na casa de D. Maria de Lourdes e sua filha D. Maria de Fátima que também nos receberam muito. Vale salientar que a fazenda Serra Seca fica perto de Vertentes, de onde se originou toda a família materna da atriz Janaína Gomes. Numa conexão com seu personagem Ávana, Janaína também estava revendo suas raízes, pois há tempos não visitava aquela região. Outra coincidência era que a mãe de D. Iraci era chamada de Céu.
Felipe estava todo afiado nessa gravação, pois tinha várias saídas caso o “Plano A” não fosse realizado. Kyara fotografava tudo sem pestanejar, cada ação era um flash. Sr. Ricardo estava ali sempre pronto para ajudar. As atrizes estavam concentradas, passavam sempre suas falas e faziam perguntas freqüentes acerca do texto e da entonação em cada ação.
Enfim, tivemos uma manhã cheia de surpresas e também de cenas engraçadas como Teresinha dormindo na van e segurando o isopor para que ele não caísse; além de Diego e Regina fugindo com medo dos bois e vacas da fazenda. E assim voltamos para Surubim para almoçar e nos instalar no nosso amado Hotel Cristal (Estávamos realmente na cidade de Cristal que era hotel, padaria, laticínios e etc.)
TARDE
Tivemos um almoço super agradável com poses de Kyara, a modelo fotográfica de óculos, que fazia caras e bocas enquanto aguardávamos o almoço. Acho que ela queria fazer propaganda da Ótica em que Auxiliadora Nascimento (Dora) trabalha. Felipe liberou a atriz Teresa Santos (Teresinha) para descansar e estudar seu texto, já que sua participação ocorreria no outro dia. Janaina e Regina também foram estudar, pois só teriam gravações mais tarde. Sr. Ricardo também foi liberado. Eu, Kyara e Felipe fomos fazer compras para as gravações e visitar Dora para avisá-la do ensaio que teríamos de tardezinha, já que as gravações com ela também aconteceriam no dia seguinte. Não só Janaína revia suas raízes, em meio às compras Felipe reencontrava seu amigo Aliandro que fizera teatro com ele.
Voltamos para o Hotel e começamos a gravar no quarto a sequência final do episódio. Era notável a segurança das atrizes Regina Medeiros e Janaína Gomes, porém o cansaço do dia abrasava as meninas e fazia, muitas vezes, Regina ficar insegura e ter um zelo crítico pela cena. Janaína se encontrava com dores de cabeça e isso a deixava nervosa. Além disso, houve batidas e barulhos externos que atrapalhavam a captação do áudio das gravações. Por isso, Felipe suspendeu a tentativa de gravação, que continuaria mais tarde. Assim, começou às 18:00h o ensaio com a atriz Auxiliadora Santos (Dora).
TARDE/NOITE
Eu, Regina e Kyara fomos convidados a sair do ensaio com a atriz Auxiliadora Santos (Dora) para deixar as atrizes Janaina Gomes e Dora a vontade. Depois de um tempo vimos o final do ensaio e ficamos todos embasbacados com a cena que estava prontíssima para se gravar. O nervosismo de Janaína sumira deixando Mirtes (seu outro personagem no episódio) ganhar forças juntamente com o semblante forte e ávido de Dora (Salete), que construíam a cena idêntica ao texto escrito. (Obs: Posso relatar isso de forma contundente, já que escrevi o episódio juntamente com Ruy). Encerrado o ensaio fomos jantar do jeito machadiano de ser no restaurante Capitu.
NOITE
O jantar foi divertidíssimo: conversamos sobre novelas, teatro, vida pessoal. Foi um momento em que pudemos nos entreter e nos deleitar uns com os outros. Voltamos para o hotel e já fomos direto recomeçar as gravações. Tivemos alguns ensaios antes para podermos compor a cena. Janaína se encontrava um pouco insegura, pois sabia que ia se deparar com cenas fortíssimas e que ia requerer grande interpretação dela. Felipe trabalhava as ações e reações trabalhadas na técnica. Era uma aula de direção e interpretação que partia da direção e das atrizes. Regina ainda continuava com seu zelo crítico. A dica de Felipe era para elas procurarem a intenção da personagem na cena e utilizar aquele cansaço físico e mental a favor delas. Janaína pediu para ir ao banheiro e voltou totalmente concentrada e pronta para gravar. A cena se desenhou como um quadro de pintura, Janaina entrou na personagem arrancando choro de todos os presentes, que ficaram emocionados com uma Ávana que acabara de descobrir que as três mulheres negras eram parte de sua família. Foi uma cena muito complicada em que Felipe monitorava tudo para que a composição não se perdesse. Vale registrar as congratulações para a atriz Janaína Gomes pela excelente interpretação.
A última cena exigia mais de Regina, momento em que Céu acalmava Ávana, tão complicada quanto a cena anterior. A autocrítica de Regina e as dicas de Felipe foram totalmente absorvidas pela atriz que compôs perfeitamente sua personagem, também arrancando aplausos dos presentes. Parabéns a Regina Medeiros pela dedicação a sua personagem.
Terminadas as gravações, já era hora de dormir, porque amanhã acordaríamos cedo para as gravações na fazenda. Eu e Felipe ainda ficamos acordados para planejar a seqüencia do dia seguinte e depois fomos dormir.
Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção
O episódio de Ávana e Céu de autoria de Diego Albuck e Ruy Aguiar, com as atrizes Janaína Gomes (Ávana e Mirtes) e Regina Medeiros (Céu). Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete) e Teresa Santos (Dona Lila). Participação especial: Kyara Muniz (mulher no jipe) e Euclides (homem no jipe).
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - Despedidas
Antes de retornar ao Recife, fomos mais uma vez à Serra Seca nos despedir de Seu Euclides e Dona Iraci. Mostramos a eles, no visor da câmera, algumas das cenas que gravamos, especialmente aquela em que Seu Euclides faz uma ponta dando carona a Ávana (Janaína Gomes) e Céu (Regina Medeiros). Também levamos uma lembrança nossa, uma ampliação emoldurada da foto que tiramos juntos quando a equipe chegou, dois dias antes. Saudades e a promessa de retornar para uma exibição do produto pronto. (Fotos de Kyara Muniz e Diego Albuck)
Ávana e Céu - Fim de episódio
Aproveitando que Surubim se preparava para uma festa de rua, gravamos uma nova sequência para concluir o episódio. Antes ele terminava com a imagem das duas personagens constatando que teriam muitos desafios a enfrentar. Com a nova sequência, feita numa roda-gigante, essa constatação ganhou cores, leveza e um toque de ludicidade que esteve presente no episódio inicial e que neste foi quase engolido pelo tom sombrio e melancólico que envolvem as descobertas de Ávana. O brinquedo roda gigante, que também lembra a roda-da-vida /roda da fortuna, acabou sendo um fecho bem interessante para os temas abordados. Sem falar que teve muita gente que se esbaldou nela para relaxar da maratona de gravações. (Fotos de Kyara Muniz e Diego Albuck)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - Na beira da pista
A mudança repentina do tempo, que começou a nublar, nos obrigou a gravar uma série de imagens num mesmo dia, numa ordem que não era a inicialmente prevista. Não poderíamos nos arriscar a gravar certas cenas no dia seguinte, para não comprometer a continuidade, já que a nebulosidade nessa época do ano é passageira. Se o dia seguinte fosse de sol (o que, de fato, aconteceu), perderíamos o trabalho do dia anterior. Para complicar, com a presença daquelas nuvens, o dia ficaria mais curto e logo não teríamos uma boa luz para gravar. Com essas limitações, gravamos as cenas em que Ávana (Janaína Gomes) e Céu (Regina Medeiros) descem de uma carona na estrada e acabam encontrando a casa que Ávana viu em sonho. Também gravamos a carona que elas pegam em seguida, onde o motorista e a filha dele são interpretados pelo Seu Euclides Silva e Kyara Muniz, respectivamente. Devido à mudança de planos, Kyara substituiu Plínio Maciel, que só chegaria no dia seguinte. No final, deu tudo certo, com Kyara fazendo uma das cenas mais engraçadas do episódio. (Fotos de Kyara Muniz, Diego Albuck e Luiz Felipe Botelho)
Ávana e Céu - Emoção na casa pintada
Na visão de Ávana (Janaína Gomes), a casa misteriosa não está abandonada e a fachada está pintada de branco. Isso significava que, para gravar essa perspectiva de Ávana a fachada da casa deveria levar uma boa mão de tinta. Foi Ricardo Gusmão, nosso motorista, quem socorreu a equipe de produção, já sobrecarregada com o horário apertado. Graças a ele e a Diego Albuck, em meia hora a fachada estava branquinha como nova. A cena que se seguiu foi a do encontro de Ávana com Dona Lila, outro momento emocionante do episódio. Janaína não conteve a emoção e teve que dar um tempo antes de voltar a gravar. (Fotos de Kyara Muniz e Diego Albuck)
domingo, 10 de janeiro de 2010
Ávana e Céu - A casa no presente
Depois de um lanche rápido preparado por Dona Iraci, foi feita a segunda rodada de gravações no interior da casa. Desta feita Ávana (Janaína Gomes) encontra uma mulher que se apresenta como Dona Lila (Tereza Santos que, na foto 2, está ao lado de Diego Albuck, um dos autores deste episódio). Ávana não reconhece a verdadeira identidade de Lila, mas nota que o interior da casa é o mesmo que ela viu num sonho, horas antes de chegar ali. (Fotos de Kyara Muniz)
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