terça-feira, 9 de março de 2010

Marana e Cora - Relatório - Dia 3


A busca da cena perfeita


Este é o título perfeito para abrir o meu último relatório sobre o episódio de Marana/ Cora Coralina. Como uma lagarta Marana vai tecendo a sua história que se concretiza na transformação da borboleta/mariposa Cora Coralina. Antes de começar as gravações já ganhamos a boa notícia de que o problema de Samanta Reis estava resolvido, isso causou alívio para ela e uma imensa alegria para a gente. Devido a graves problemas de produção o plano “B”, o qual chamarei de ‘Blackout (B.S)’, foi posto em prática. O então ‘Severino’ Diego Albuck assistente de produção/direção, dramaturgo, fotógrafo, realizava mais uma função: a de ator. Ressalvo aqui que ele já se preparava para isto, porque no primeiro dia de gravação ele, Felipe e Samanta praticamente mendigaram numa papelaria para arranjar sacos plásticos. Os funcionários se negavam a doar, fornecer ou mesmo vender as sacolas. O então ‘cara-de-pau’ Diego ficava pedindo aos clientes da loja para contribuir, isso foi com toda a certeza um belo laboratório para a construção de sua personagem. O mendigo era um papel que substituiria alguns personagens que estavam no roteiro.


As gravações começaram nas ruas transversais na FUNDAJ onde Marana deixava sua mala e encontrava livros em que um deles era a da poetisa Cora Coralina. Tamanha é a expressão de Samanta Reis que com muita avidez dava outro tom e assim Cora Coralina ganhava novos ares. Após essa cena veio à cena do mendigo, o então inexperiente em película Diego Albuck totalmente caracterizado não se opôs a fuçar o lixo e a encontrar a misteriosa mala de Cora. Com um personagem popularesco, o mendigo (Diego Albuck) causava estranheza nos curiosos que assistiam as gravações atenciosamente tanto que o nome real do ator ganhou ‘evidência’ no público. Um fato curioso foi um senhor que o chamou pelo nome e queria saber se a cena era algum trabalho da poderosa Rede Globo, mas quando soube que era um projeto feito por alunos, se entristeceu pelo fato do ator estar na rua descalço e trajado de mendigo e ficou pasmo quando soube que o intérprete não ganhava nenhum cachê para isso. Mediante a tanta feiúra, a boniteza de Samanta causava outro tipo de curiosidade, tanto que a atriz descolou um paquera de São Paulo que a observava da cabeça aos pés.


Outras cenas foram gravadas na casa de Felipe, na loja de 1,99 (lugar cleytiano de ser) que causava grande vergonha a Samanta que se intimidava em sair da frente da loja e alguém a repreender, era lindo de ver a grande mistura de alegria e vergonha alargada no belo sorriso da atriz.


Também se gravou numa praça, onde Samanta, com outra postura, representava e dava vida a Cora Coralina. As gravações agradaram unanimemente a todos os presentes que ficaram extasiados com a contribuição dos três para a fruição do processo.


Felipe não teve problemas com os atores nesse episódio. Afirmo isso porque Felipe, além de atores, contava com futuros diretores e críticos em cena, pois Samanta e Diego não se intimidavam e mesmo o diretor dando seu aval de cena gravada, eles pediam para repetir mais e mais vezes, tudo isso numa incansável “busca da cena perfeita”.
Felipe adorava esse gesto e prontamente ligava a câmera e regravava.

Com um enorme e caloroso abraço Diego, Felipe e Samanta encerraram as gravações de mais um episódio.
Quero agradecer a presença da atriz Thaianne Cavalcanti que nos visitou na FUNDAJ durante as gravações. Nos deu um imenso prazer contar com sua doce e meiga presença, enchendo os nossos corações de muito amor e carinho para continuarmos o trabalho. Aqui escrevo palavras ditas pela atriz: ‘Foi tuuuuudooooooo!!!’.

As gravações serviram de lição para todos que compuseram esse episódio. Responsabilidade e Compromisso são palavras que precisam ser revistas e mais contempladas no dicionário de cada um. Foi muito bom que tudo acabou bem. Espero que isso tenha servido de lição não só para os componentes, mas para os outros autores e atores dos episódios de Khassim e Latika e o de Céu e Ávana que estão por vir. Agora estamos na agulha para a gravação de mais um episódio, esse um pouquinho complexo, mas com ares de Oscar kkkkkkkk. Aguardem!! O episódio de Céu e Ávana, usando uma expressão de Felipe, é babaaado.


Obs: Meus amados dramaturgos e atores, esse foi um relatório muito estranho. Imagina que loucura falar de mim em terceira pessoa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.


‘Severino’ Opss... I did it again

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Marana e Cora é de autoria de Cleyton Cabral e Márcio M. Andrade, com a atriz Samantha Reis (Marana). Atriz convidada: Socorro Raposo (Senhoria). Participação especial: Diego Albuck (Homem da mala).

2 comentários:

  1. Olá Luiz Felipe, tudo bom?! Lembra que a gente se comunicou por e-mail ano passado, momento em que queria saber a respeito de cursos para iniciantes?! Sou formada em Direito, faço uma pós na área, mas realmente estou preparada para abandonar esse barco e pegar uma jangada que me leve à satisfação pessoal! E aí, será que esse ano sai algo pra quem quer realmente iniciar?! Fiz um curso na cidade, mas senti falta de um pouco de consistência e, por isso, não ultrapassei os 5 meses. Enfim...sugere, indica, me ajuda nesses primeiros e difíceis passos! Também curto escrever e gostaria de ligar uma coisa à outra! Grata desde já! Tatiana Teles :) E-mail: tati_teles@hotmail.com

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  2. Muito bom conhecer um pouco do trabalho e o desempenho da minha sobrinha. Ficaram ótimas as fotografias. Até então só a tinha visto uma vez em palco.
    Esta menina vai longe.

    Sucesso e grande abraço

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