Difícil descrever a imensa quantidade de sensações na noite de apresentação das encenações dos textos dos participantes. As fotos abaixo dão uma pequena idéia de tudo o que representou a experiência. Samuel Santos e seu elenco (Eduardo Japiassu, Hilda Torres, Luciana Pontual e Vavá Schön-Paulino) viraram o estúdio da MMP de pernas para o ar, criando cinco configurações de platéia diferentes, uma para cada esquete. O público participava ativamente dessa permanente reconstrução do espaço cênico, levando as cadeiras desta para aquela posição. Aliás, devido à própria estrutura do estúdio, qualquer idéia de separação entre palco e platéia caiu por terra: espectadores estavam nas vísceras do Teatro, dentro do coração daquelas peças, imersos no sonho dos autores, navegando nas emoções dos atores. Incrível como um espaço de 12 x 6 metros acolheu aquelas 70 pessoas. Acolher é o verbo. Nada ali era claustrofóbico. Tudo era lúdico. Embora confinado, o pequeno espaço virou universo, desabrochou em possibilidades. Tratava-se de uma exibição de "trabalhos em processo". Como uma ultrassonografia de algo que cresce e se fortalece, idéias ainda verdes ali se expunham para mostrar a plena força criativa de cada participante, artista, técnico e público. Os textos transcenderam a si mesmos e puderam se mostrar como pretextos para acessar e celebrar algum vislumbre da essência do Ser. Mas isso tudo parece filosofia, metafísica, intangíveis impressões. De fato, é difícil descrever o que se sente numa dinâmica como a que vimos em 03 de novembro. Só estando lá para saber. Mais teatral do que isso só a vida.
Minha gente, que coisa mais linda o que aconteceu ali!
ResponderExcluirPra quem lá não esteve, pensem num turbilhão de imagens, palavras, significados e sentidos?
Pra quem lá esteve, vivemos tudo aquilo.
E o trablaho está ainda "em processo..."
Talvez só possa compreender completamente tudo isso que está acontecendo, bem lá na frente. Hoje, já sei que é muito forte e bonito. É união, é criação, é coragem, é arte, é amor, é vida. Os olhos espertos dos autores, os marejados de Felipe, os encantados dos atores, diretor e platéia. Momentos que antecederam a leitura foram de vontades e do sagrado medo que impulsiona. Antes da noite das encenações, não foram diferentes. Tenho muito que agredecer. Esse projeto é de uma importância ímpar, é preciso divulgá-lo mais. Vamos, um a um, no miudinho, falar mais, falar muito mais. Tudo isso é nosso, tão nosso que merece ser de todo o mundo. Preciso falar algo que o coração me pede, preciso dizer a Samuel que muito aprendi de paciência, de tranquilidade, de certeza. Grande talento esse cara. Ainda mais, dizer a Hilda, Luciana e Vavá, que aprendi muito de troca, de verdade, de perdão. Vocês são arretados!!! Por mais uma noite de emoção, obrigado. Aos autores, continuem...lindos!
ResponderExcluirDiante dos partos da arte o teatro nasceu puta. Amante verdadeira, soberba , e indecifrável ! Bebemos todos os dias nas suas tetas gozamos todas as horas no seu ventre. Diante do teatro somos fetos e afetos, loucos por um colo, ávidos por um beijo , diante de nós mesmos somos espelhos, camarim e maquiagem, somos artistas sambando no palco e na vida.diante de tantas palavras, silêncios e cânticos, diante do movimento , dançamos no limiar da razão, há gostos e desgostos perpassando por entre as vísceras , há semem e vinho banhando o sonho
ResponderExcluirMomento
De imaginar
Espaço
Onírico
Único
Lúdico
Fusco
Fosco
Multicolorido
Sedimentado
Sentido
Sem
O aplauso
Não é fálico
nem farto
Tem que ter Baco
..... É teatro...
Aos atores,autores a platéia felipe e kiara
Me emocionei em diversos momentos! Foi uma experiência incrível. Aquele espaço foi batizado naquela noite. Vontade de estar mais lá. parabéns a todos que estiveram no processo, amigos queridos e talentoso. A benção pai!
ResponderExcluirQueridíssimos Kyara, Edu e Samuca, a vocês meu carinho, afeto, gratidão e abraço.
ResponderExcluirFelipe
Deus te abençõe, filhão!
ResponderExcluirFico feliz de compartilhar esses momentos contigo. E tens razão: se a leitura foi o batismo dos alunos, aquela noite foi o batismo do estúdio como espaço teatral.
abração pra ti