quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Stufana: o começo do final
Uma vez constatado que o Projeto não terá como produzir as gravações do episódio final de Stufana, os Grupos de Estudos decidiram partir para a produção do mesmo em formato semelhante ao utilizado nas radionovelas, utilizando apenas o áudio e efeitos. A idéia se conecta tanto com a base melodramática do trabalho quanto com os estudos acerca da criação de imagens através da dramaturgia e da interpretação. O roteiro será revisado em função desse novo formato, introduzindo a figura de um narrador e alterando os diálogos de modo a compensar a ausência de imagens e, ao mesmo tempo, manter a fluência das falas. A idéia é lançar o trabalho no início do próximo ano no Cinema da Fundação.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Retorno
A atriz Janaína Gomes retornou ao GETA, depois dos seis meses regulamentares pós-parto. A idéia, agora, é retomar as atividades de estudo da técnica usada na peça "Os que vivem dentro de nós", visando uma futura segunda temporada.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Trajetos míticos: conclusão
Dia 26 de setembro marcou a conclusão do ciclo de experimentos que focalizavam a relação entre antigas e novas mitologias, especialmente o conceito de "mito pessoal". No contato com esses conteúdos, foram criados totens que representavam a conexão dos indivíduos com mundos e experiências pessoais da ordem do supostamente intangível, bem como as possibilidades de lidar com esse material como referência de criação. Os totens foram queimados após um mês de trabalhos em torno de temas associados à morte e renascimento bem como avaliações gerais e específicas sobre o processo. Esse momento da queima marcou tanto a conclusão dos trabalhos quanto a despedida de vários dos membros dos dois grupos. Kyara Muniz, que há mais de um ano não estava mais podendo participar das atividades dos grupos, oficializou sua partida. Ana Dulce Pacheco, Regina Medeiros, Ruy Aguiar e Sofia Abreu também se afastaram para dedicar-se a outros trabalhos e experiências. Adeus, galera! Ou melhor, até logo, afinal as conexões afetivas e possibilidades de futuros encontros e trabalhos conjuntos permanecem!
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Os contadores de roteiro
Todos nós sempre temos uma história para contar. A contação de histórias é um veículo ao qual o ser humano se utiliza para transmitir seus conhecimentos, suas lendas, seus mitos. Sabemos que contar histórias é uma arte, mas e contar um roteiro para vídeo é?
Este é o desafio que os Grupos de Trabalho do Ator e de Dramaturgia estão enfrentando esse semestre na conclusão dos estudos sobre o gênero do melodrama e se engajam em vários desafios para concluir esse processo. Amanda Torres, Diego Albuck, Elton Rodrigues, Márcio Andrade, Onézia Lima e Ruy Aguiar sob a coordenação de Luiz Felipe Botelho compram o primeiro desafio:
C O M O F A Z E R U M R O T E I R O E M G R U P O?
Estudiosos do cinema afirmam que é quase, ou mesmo, impossível construir um roteiro em grupo, pois o roteirista necessitaria de um tempo sozinho para a maturação suas idéias. O Grupo de Dramaturgia paga esse preço e com encontros semanais de três horas no período de um ano e dois meses finalizam o último episódio da série Stufana. Essa criação faz parte da pesquisa sobre o melodrama, e teve como ponto de partida um universo temático centrado na idéia de uma suposta cidade de cristal, construída no cerrado brasileiro para investigar a saída para os problemas do planeta do terceiro milênio. Com a finalização do roteiro o grupo passa a próxima missão:
É P O S S Í V E L L E R U M R O T E I R O E M P Ú B L I C O ?
Este é um experimento novo para o Grupo do Trabalho do Ator, visto que nunca se ouviu falar de uma leitura dramatizada de um roteiro. O exercício proposto por Felipe Botelho, diretor da leitura, é misturar as linguagens, partindo da interpretação do ator com uma característica da forma épica do fazer teatral. Ana Carolina Miranda, Ana Dulce Pacheco, Eduardo Japiassu, Hermínia Mendes, Janaina Gomes, Regina Medeiros e Sofia Abreu, mais os convidados Arthur Canavarro, Cleyton Cabral, Mauro Monezi e Roberto Brandão embarcam nesse projeto promovido pelo Muda, intitulado Leia-se Terça!
A cada ensaio vamos descobrindo formas de se contar o roteiro, através de exercícios de visualização, de construção, de descrição e de pequenas encenações das imagens que se constroem a partir dos improvisos dos atores. Vale ressaltar, o quanto é difícil constituir um trabalho desse porte, a concentração nesse processo tem que ser a maior aliada do contador, assim afirma Gislayne Avelar, contadora que trabalhou com o diretor no curso Dramaturgia – na fronteira das linguagens, que dá origem aos grupos. A contadora explica que o grande segredo do contador está na perfeita assimilação daquilo que pretende contar. Assimilação, aqui, no sentido de apropriação. É esse o mote propulsor dos ensaios dirigidos por Botelho, pois ele crê que a apropriação da história se faz pela interiorização do ator e a partir desta o corpo naturalmente comunicará o roteiro, através de gestos, entonação de voz, ritmo entre outros fatores, nascem assim os primeiros contadores de roteiro.
Essa é a última semana que antecede a leitura e por isso estamos nos últimos ajustes para a concretização de mais um experimento desse grupo de estudos. Agraciados somos por poder compartilhar com o público nossas novas conquistas, e como diz Felipe Botelho essa apresentação deverá ser como uma grande ceia. Que assim seja!
Este é o desafio que os Grupos de Trabalho do Ator e de Dramaturgia estão enfrentando esse semestre na conclusão dos estudos sobre o gênero do melodrama e se engajam em vários desafios para concluir esse processo. Amanda Torres, Diego Albuck, Elton Rodrigues, Márcio Andrade, Onézia Lima e Ruy Aguiar sob a coordenação de Luiz Felipe Botelho compram o primeiro desafio:
C O M O F A Z E R U M R O T E I R O E M G R U P O?
Estudiosos do cinema afirmam que é quase, ou mesmo, impossível construir um roteiro em grupo, pois o roteirista necessitaria de um tempo sozinho para a maturação suas idéias. O Grupo de Dramaturgia paga esse preço e com encontros semanais de três horas no período de um ano e dois meses finalizam o último episódio da série Stufana. Essa criação faz parte da pesquisa sobre o melodrama, e teve como ponto de partida um universo temático centrado na idéia de uma suposta cidade de cristal, construída no cerrado brasileiro para investigar a saída para os problemas do planeta do terceiro milênio. Com a finalização do roteiro o grupo passa a próxima missão:
É P O S S Í V E L L E R U M R O T E I R O E M P Ú B L I C O ?
Este é um experimento novo para o Grupo do Trabalho do Ator, visto que nunca se ouviu falar de uma leitura dramatizada de um roteiro. O exercício proposto por Felipe Botelho, diretor da leitura, é misturar as linguagens, partindo da interpretação do ator com uma característica da forma épica do fazer teatral. Ana Carolina Miranda, Ana Dulce Pacheco, Eduardo Japiassu, Hermínia Mendes, Janaina Gomes, Regina Medeiros e Sofia Abreu, mais os convidados Arthur Canavarro, Cleyton Cabral, Mauro Monezi e Roberto Brandão embarcam nesse projeto promovido pelo Muda, intitulado Leia-se Terça!
A cada ensaio vamos descobrindo formas de se contar o roteiro, através de exercícios de visualização, de construção, de descrição e de pequenas encenações das imagens que se constroem a partir dos improvisos dos atores. Vale ressaltar, o quanto é difícil constituir um trabalho desse porte, a concentração nesse processo tem que ser a maior aliada do contador, assim afirma Gislayne Avelar, contadora que trabalhou com o diretor no curso Dramaturgia – na fronteira das linguagens, que dá origem aos grupos. A contadora explica que o grande segredo do contador está na perfeita assimilação daquilo que pretende contar. Assimilação, aqui, no sentido de apropriação. É esse o mote propulsor dos ensaios dirigidos por Botelho, pois ele crê que a apropriação da história se faz pela interiorização do ator e a partir desta o corpo naturalmente comunicará o roteiro, através de gestos, entonação de voz, ritmo entre outros fatores, nascem assim os primeiros contadores de roteiro.
Essa é a última semana que antecede a leitura e por isso estamos nos últimos ajustes para a concretização de mais um experimento desse grupo de estudos. Agraciados somos por poder compartilhar com o público nossas novas conquistas, e como diz Felipe Botelho essa apresentação deverá ser como uma grande ceia. Que assim seja!
Texto de Diego Albuck
domingo, 21 de agosto de 2011
Agosto pra TUDO
Em 2010 fizemos uma surpreendente caminhada até uma fronteira das linguagens. O tela-teatro colocou no ar STUFANA, websérie disponível no youtube, que conta a incrível história de uma cidade secreta com fins de pesquisa à respeito do comportamento humano e seus desdobramentos.
Depois de um intervalo de mais ou menos 1 ano, depois o espetáculo OS QUE VIVEM DENTRO DE NÓS, voltaremos a nos aventurar com STUFANA.
Como sempre indo até a fronteira! Estaremos no projeto “Leia-se terça!”, leremos o roteiro do último episódio de STUFANA. Por se tratar de um roteiro há alguns desafios… mas quem disse que ir até as fronteiras da arte é fácil?
Estão todos convidados:
Onde? Espaço MUDA
Quando? Dia 30 de Agosto
Hora? 20:00
Quanto? O que puder
Enquanto isso aqui está o link do primeiro episódio da primeira temporada de STUFANA:
http://www.youtube.com/watch?v=wBlciZLVgvQ
by Sofia Abreu
Depois de um intervalo de mais ou menos 1 ano, depois o espetáculo OS QUE VIVEM DENTRO DE NÓS, voltaremos a nos aventurar com STUFANA.
Como sempre indo até a fronteira! Estaremos no projeto “Leia-se terça!”, leremos o roteiro do último episódio de STUFANA. Por se tratar de um roteiro há alguns desafios… mas quem disse que ir até as fronteiras da arte é fácil?
Estão todos convidados:
Onde? Espaço MUDA
Quando? Dia 30 de Agosto
Hora? 20:00
Quanto? O que puder
Enquanto isso aqui está o link do primeiro episódio da primeira temporada de STUFANA:
http://www.youtube.com/watch?v=wBlciZLVgvQ
by Sofia Abreu
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Em temporada!
"Os que vivem dentro de nós" estreou e ficará em curta temporada às quintas e sextas, 20h, até o final de maio. A estréia, dentro da programação do Festival Palco Giratório (SESC-PE) foi concorrida e a pequena lotação de 40 pessoas sentadas teve que ser expandida excepcionalmente para dar conta da demanda. Como é de praxe nesse festival, o final da sessão contou com uma conversa entre os atores, autores, diretor e o público. O debate foi quente e rico, com a platéia se posicionando em opiniões e percepções variadas ("gostei mais de 'A' "; "gostei de todos"; "vocês viveram essas histórias ou é tudo ficção?") e as vezes antagônicas (os atores estão se distanciando de uma teatralidade ao desperdiçar pausas em certas passagens ou isso é efeito dos conflitos que os personagens estão vivendo naquele modo de interpretação?). A impecável mediação foi feita pelo ator e diretor Nelson Lafayette.
Valeu, SESC-PE!
Fica aqui registrado o agradecimento que o Projeto TelaTeatro faz ao SESC-PE, à Coordenadora Geral do Festival Palco Giratório, Galiana Brasil, à Breno Fittipaldi e sua equipe de produção, bem como a todos os que integram e fazem acontecer esse Festival, seja pelo apoio, seja pela cooperação e organização. Constatamos aqui o que já se observa a cada ano durante esse evento: o empenho no aprimoramento permanente da capacidade de realização desses profissionais e, sobretudo, de respeito e valorização da arte, do artista e, especialmente, do público, a quem todo esse trabalho se destina.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Palco Giratório 2011
O espetáculo "Os que vivem dentro de nós" fará sua estréia dentro da programação do festival "Palco Giratório", importante evento anual promovido pelo Serviço Social do Comércio (SESC-PE), reunindo grupos e companhias locais e nacionais. Este ano as apresentações desse festival acontecerão ao longo de todo o mês de maio.
Com aproximadamente uma hora de duração, "Os que vivem dentro de nós" estreará na próxima sexta-feira (13/05) às 20h horas no estúdio da Massangana Multimídia (Fundação Joaquim Nabuco - Derby). No elenco: Ana Carolina Miranda, Ana Dulce Pacheco, Eduardo japiassu, Hermínia Mendes, Regina Medeiros e Sofia Abreu. Na dramaturgia: Amanda Torres, Diego Albuck, Elton Rodrigues, Luiz Felipe Botelho (que coordena os grupos e também dirige a peça), Márcio M. Andrade, Onézia Lima e Ruy Aguiar. A entrada é gratuita.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Contagem regressiva
Faltam dez dias para a estréia de Os que vivem dentro de nós, primeira montagem dos Grupos de Estudos do Projeto TelaTeatro que, seguindo o foco de sua trajetória de mais de dois anos, leva a público uma amostra do que vem trabalhando em temos de dramaturgia e do trabalho do ator. Os textos foram criados pelos próprios atores do GETA e revisados pelos dramaturgos do GED. O formato da peça é simples, reunindo histórias que transitam entre o real e o imaginário, nas quais não se sabe até onde vai o ator e começa o personagem e vice-versa. O trabalho privilegia a relação criação/texto/personagem/intérprete/platéia, associada a um diálogo com outros suportes que possam expandir os universos abordados nessas histórias, como blogs, vídeos, cartazes e postais. Em outras palavras: a peça é um momento dentro de um sistema que pode se expandir segundo a ação dos seus criadores - e aqui se incluem os espectadores.
sábado, 23 de abril de 2011
Sushi de Cena 5
E aqui está mais um Sushi de Cena para você. Desta vez é a atriz Janaína Gomes, então grávida de oito meses, representando uma amante que perdeu o anel de casamento em um motel. Contracenando com Janaína, a convidada especial da platéia, Valkíria Dias. Assista em versão normal na telinha logo abaixo. Para assistir com opção em alta definição (HD) e com legendas em português, clique aqui. A versão em HD com legendas em inglês pode ser vista clicando aqui. Saiba mais sobre os sushis de cena acessando o post Sushi de Cena 1.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Sushi de Cena 4
O sushi desta semana é da atriz Regina Medeiros, representando um personagem que decidiu fazer importante revelação a uma criança. Desta vez temos Amanda Torres, do Grupo de Estudos de Dramaturgia, como convidada da platéia contracenando silenciosamente com a atriz. Assista em versão normal na telinha logo abaixo. Para assistir com opção em alta definição (HD) e com legendas em português, clique aqui. A versão em HD com legendas em inglês pode ser vista clicando aqui.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Sushi de cena 3
Continuando a comemoração dos dois anos dos grupos de estudos, os sushis de cena retornam com novidades: convidados especiais contracenando com os atores e a opção de assistir os improvisos em versões legendadas. Desta vez é a atriz Ana Dulce Pacheco quem faz a cena, vivendo uma mulher que reencontra antigo amigo de infância. Assista em versão normal aqui mesmo (viu a telinha logo abaixo?). Para assistir com opção em alta definição (HD) e com legendas em português, clique aqui. A versão em HD com legendas em inglês pode ser vista clicando aqui.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Dois anos dos GEs
Celebrando os dois anos dos grupos de estudos do Projeto TelaTeatro, a Massangana Multimídia produziu um vídeo de cinco minutos com momentos-chave da trajetória dos GEs de Dramaturgia e do Trabalho do Ator. Assista a seguir em baixa resolução ou clique aqui para assistir em HD.
terça-feira, 1 de março de 2011
GETA recebe GED
Encontro especial ontem do GETA (28/02/2011), último antes de mergulhar na montagem que pretendemos estrear em maio. Recebemos os dramaturgos para a leitura dos textos recriados por eles a partir do exercício "Confissões". Dramaturgos empenhados em lapidar os improvisos para virarem textos mais fluidos. Mas o desafio para eles é manter o frescor do jorro de emoção que rolou na criação dos atores. E assim foram criados 7 textos, “feitos” por 7 duplas (ator e dramaturgo). Conversamos, opinamos e registramos possíveis alterações nos textos. Foi uma mostra para nós mesmos do que está por vir.
Semana que vem será carnaval, último descanso antes da gestação do espetáculo “Os que vivem dentro de nós”. Até lá. Até já.
por Sofia Abreu
Semana que vem será carnaval, último descanso antes da gestação do espetáculo “Os que vivem dentro de nós”. Até lá. Até já.
por Sofia Abreu
Confissões - Hermínia
Após receber a incubência de aprimorar os improvisos realizados no Exercício do GETA - "Confissões" -, cada um de nós escolheu o texto que mais havia lhe tocado, de alguma forma. E, por se tratar de uma doente terminal que sofre diante da incerteza do tempo que lhe resta, o improviso de Hermínia havia me emocionado bastante pela condição da personagem lançada à própria sorte, precisando lidar não somente com circunstâncias que não podia controlar, mas também com as conseqüências de suas próprias escolhas.
Depois de reler várias vezes a transcrição do texto, percebi que, para me integrar melhor ao personagem, precisava sentir e compreender sua situação física e psicológica, ou seja, saber como um tumor no cérebro afeta a vida de uma pessoa. Descobri que essa doença atinge diversas áreas da mente, mas as duas possibilidades que mais me encantaram como estratégia de construção dramatúrgica foram a perda de memória e da capacidade de organização da linguagem. Então, procurei realizar dois trabalhos para conseguir esse resultado: primeiro, retirar elementos da história, abrindo lacunas na compreensão plena dos fatos que eram contados; e segundo, desorganizar um pouco a linguagem, quebrando a lógica de certos eventos e inserindo elipses por meio da escolha de palavras que se referissem a situações posteriores. A combinação destes dois foi extremamente útil na tentativa de proporcionar uma atmosfera de fluxo de consciência, imperfeito na sua capacidade de comunicar plenamente aquilo que a personagem deseja, como se sempre houvesse mais elementos perdidos na mente da protagonista.
Acredito que meu trabalho foi uma “desdramaturgia”, onde a retirada de elementos do texto e a desorganização da narrativa podiam se constituir como uma forma de realçar a confusão vivida pela personagem, de modo que o espectador, mergulhando abruptamente nesse universo inconsciente e perturbador, também se sentisse um pouco desnorteado. Como se a emoção do espectador surgisse não somente da história que ela conta, mas de um sentimento de impotência diante de uma pessoa que não consegue mais se comunicar integralmente nem consigo mesma, nem com o mundo. Mesmo que tudo o que ela tenha contado não seja real, mas uma invenção da sua mente, aquela era a única verdade que ela conseguia encontrar e acreditar naquele instante.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Geladeira em manutenção
Devido a problemas técnicos, hoje não teremos o Sushi de Cena. Como as ilhas de edição da Massangana Multimídia estão sobrecarregadas, não tivemos como converter os contraplanos dos sushis gravados em mini-DV no dia 21/02. Enfim, o peixe já foi comprado, mas não tivemos como conservá-lo e tratá-lo por aqui. Esperamos postar o Sushi desta semana até quarta-feira, sem falta.
Confissões - Alberes
Quando assisti à apresentação de Carol sobre a história daquela mulher totalmente maquiavélica e seu relacionamento com o "coitado" do Alberes, na hora deu vontade de ter feito o texto. Tudo na história me agradava, a personalidade dela, a de Alberes, o tom de comédia recheado de humor negro. Assim que Felipe nos disse que cada dramaturgo iria trabalhar uma das confissões, eu já sabia qual iria fazer.
E é interessante essa questão de identificação. Cada dramaturgo se identificou com uma personagem diferente e cada um aprofundou a experiência não ao seu modo, nem ao modo do ator, mas ao modo da personagem. Em todos os textos vemos saltar à nossa frente essa terceira pessoa, com a cara dos atores, mas com personalidade e palavras próprias.
Foi um exercício de visualização e interpretação. Ao mesmo tempo em que via Carol interpretando aquela mulher, deixei a personagem falar por meio de mim e busquei aprofundar a historia que nos fora apresentada, conhecer mais a forma de pensar daquela pessoa.
Só tenho a agradecer aos atores pelas historias fascinantes que nos apresentam e por nos mostrar como é possível se entregar e dar voz às personagens.
Clique aqui para ver um trecho do improviso de Ana Carolina sobre Alberes.
Clique aqui para ver um trecho do improviso de Ana Carolina sobre Alberes.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Sushi de cena ao vivo.
Hoje tivemos nosso segundo encontro com o público na nossa sala azul. O exercício "Sushi de cena" ao vivo, foi incrível.
O "Sushi de cena" surgiu como um exercício fresquinho para nosso blog e ontem o público deu aquele molho shoyu que faltava. Objetividade, essa seria a palavra para resumir o dia de ontem. Para todos o exercício estava claro e, se não estava, a explicação de Felipe em poucos minutos já foi de bom tamanho. Concentramo-nos, demos uma pausa para respirar e fazer alguns exercícios.
A platéia chegou e com ela a segurança. Estávamos mais seguros e este inclusive foi o comentário de Ruy Aguiar um dos integrantes do GED. Sorteamos os números e criamos uma ordem de apresentação, contando desta vez com a presença do público. O ator escolhia a carta, Felipe dava a indicação de quem iríamos escolher da platéia (sexo e faixa etária), convidamos alguém da platéia e em seguida, nós atores nos preparávamos para cena encontrando nosso corpo neutro. Quando sentíamos que estávamos preparados, líamos a carta e, por fim, surgia o personagem que tinha naquele momento um ouvinte especial.
As cartas continham “o que dizer”, “a quem dizer” e em qual o contexto o personagem estava inserido.
Surgiram situações interessantíssimas graças ao GED, que contribuiu para a idealização das cartas. Logo após as apresentações, tivemos um bate papo gostoso com o público e um dos questionamentos interessantes foi sobre como sentíamos a diferença entre fazer o exercício sozinhos no palco e fazer com alguém da platéia diante de nós. A reflexão feita e unanime por parte dos atores foi a de que sozinhos poderíamos conduzir o jogo como queríamos, ficando voltados mais para dentro. Com a presença de um ouvinte especifico, que estava inserido na dinâmica, este fluxo mudava, já que ali havia uma troca de energia e por vezes o convidado reagia e interagia, como ocorreu mais especificamente comigo (Janaina) e com Dulce.
Enfim, noite especial, cheia de novidades e surpresas para nós atores e platéia.
Agora é hora de nos recolhermos um pouquinho, guardar a energia para nosso espetáculo que estréia em abril.
Então, até lá. E, enquanto isso, acompanhe a gente por aqui, pois tem sempre postagens "fresquinhas" toda semana.
Por: Janaina Gomes, Felipe Botelho e Sofia Abreu
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Sushi de Cena 2
Assista agora no YouTube o Sushi de Cena número dois, "fugu especial", um improviso fresquinho com a atriz Sofia Abreu. Domingo que vem tem mais. E amanhã, ao vivo, gravação de Sushis de Cena aberta ao público no estúdio da MMP, na Fundação Joaquim Nabuco do Derby, às 19h30.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Gravando o sushi
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Almas Leves
Dia marcado pela leveza e pela objetividade
Hoje nosso encontro foi no mínimo intrigante. Começamos já com duas faltas: Jana e Sofia. Mas elas estavam lá de alguma forma. Hoje decidimos fazer mais um exercício aberto ao público - o Rodízio de Sushi de Cena. Ficou acordado que Felipe escreverá juntamente com os meninos do GED algumas cartas-improviso que usaremos na próxima semana às 19:30h, num exercício com base semelhante à de “Confissões” (o que, pra quem e contexto), sendo que com um shoyu diferente. SURPRESA!
Fomos pra prática do dia: o movimento do som. E conhecemos duas pessoas lindas e cativantes. O primeiro foi Leandro. Um personagem rico com algumas características - MEU NOME É LEANDRO. O que sabíamos dele era que tinha 5 anos de idade, magro, negro, usava uma bermuda branca e estava parado na rua de barro perto da sua casa. O Leandro nos veio em 5 versões criadas cada uma por Carol, Regi, eu, Edu e Hermínia. Com o uso de blablação, Leandro criou corpo e vida através de ações dadas por Felipe. Pra contrastar, logo depois que Leandro se foi, veio Altair. MEU NOME É ALTAIR (tanto podia ser homem como mulher). Uma pessoa idosa, com bisnetos, que andava de bicicleta e era FELIZ. Existe característica mais marcante e desafiadora do que FELIZ? Enfim… era FELIZ oriental, FELIZ francesa, FELIZ esportiva, FELIZ brincalhão e FELIZ da conta. Altair veio pra mexer com cada um. E mexeu. Surgiram dificuldades, risadas, racionalismo… coisas pra serem pensadas e, pensamos.
Postado por Ana Dulce Pacheco e Felipe Botelho.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Kyara e o paradoxo da presença na ausência
A arte-educadora, bonequeira e diretora teatral Kyara Muniz participou do nascimento desse trabalho com os Grupos de Estudos e, por razões que fugiam à vontade dela, há quase um ano teve que se afastar dos GEs. Mas o afastamento foi só físico, pois nunca deixou de acompanhar cada passo do que se fez e se faz. Hoje ela mandou noticias que merecem ser postadas aqui. Segue a íntegra da mensagem dela:
Me emociona e deixa-me intensamente feliz saber e ver o momento em que estamos. A retomada com o exercício público (a exemplo do sushi de Hermínia Mendes) mostra uma maturidade e crescimento no trabalho e em cada um que faz parte deste grupo. É incrível ve-los hoje e lembrar de outros momentos anteriores onde predominava medo, incerteza, fragilidade, angústias. Não que algum desses elementos não possam ainda existir, mas não impulsionam o "não fazer" ou o "não conseguir".
Vejo tudo tão dinâmico e consistente desde sempre, percebo coesão, partilha, encontro, segurança. A nossa jornada é muito bela e, nesses grupos em especial, o alimento que todos partilham traz mais luz aos corações.
por Kyara Muniz, um corpo ausente numa alma presente
Me emociona e deixa-me intensamente feliz saber e ver o momento em que estamos. A retomada com o exercício público (a exemplo do sushi de Hermínia Mendes) mostra uma maturidade e crescimento no trabalho e em cada um que faz parte deste grupo. É incrível ve-los hoje e lembrar de outros momentos anteriores onde predominava medo, incerteza, fragilidade, angústias. Não que algum desses elementos não possam ainda existir, mas não impulsionam o "não fazer" ou o "não conseguir".
Vejo tudo tão dinâmico e consistente desde sempre, percebo coesão, partilha, encontro, segurança. A nossa jornada é muito bela e, nesses grupos em especial, o alimento que todos partilham traz mais luz aos corações.
por Kyara Muniz, um corpo ausente numa alma presente
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Sushi de Cena 1
No video postado logo abaixo, a atriz Hermínia Mendes interpreta uma jovem que faz surpreendente revelação para o melhor amigo. Isto é o que acontece neste primeiro "Sushi de Cena", série de improvisos realizados tanto durante os encontros do GETA quanto em apresentações abertas ao público no estúdio da Fundação Joaquim Nabuco (Derby - Recife - PE). O título "Sushi de Cena" vem da idéia de se apresentar algo tão cru e fresco quanto a iguaria nipônica. O que você verá é o resultado de um exercício no qual os atores interpretam um personagem a partir do estímulo de três focos contidos em cartas escolhidas aleatóriamente, sem ensaio, sem nada. Os focos são: o que dizer, a quem dizer e em que contexto dizer. Com ou sem edição e usando recursos muito simples de iluminação e captação de áudio, o registro em vídeo entra na mesma vibe de lidar com a improvisação e os desafios do momento. Um novo sushi será servido a cada domingo, sempre a partir das 19h, sempre com novos ingredientes: drama, comédia, mistério, suspense, terror, nonsense e muito mais. Este primeiro sushi também está disponível em HD no YouTube. Clique aqui para acessar.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Som e Sushi
Ontem (07/02/2011) nosso trabalho na sala azul foi focado na voz e suas infinitas possibilidades. Brincar sério com essa saída de ar não é pura magia. E sim controle e desvendamento do aparelho fonador. E tanta coisa é possível… ritmo, tons, timbres,como uma música onde intervalos e sons se alternam na composição. Ontem, Ana Dulce Pacheco falou: “Vimos o som.”
Ainda há muito o que ver e daremos continuidade a isso segunda que vem.
Mas antes do encontro preparamos algo especial para a sala azul virtual. PREPARE O HASHI E O MOLHO SHOYU!!!
Domingo começaremos a postar o “Sushi de Cena- um improviso cruzinho pra mim e pra você”.
Mas como ele é preparado? Nós, atores, recebemos uma cartinha surpresa e a partir do que ela propõe teremos que dar vida a um momento CRUcial de um personagem. Nela consta O QUE esse personagem está prestes a falar, A QUEM ele vai dizer isso e em que CONTEXTO esta cena vai acontecer.
Pronto. Depois de lida a carta, só nos resta olhar pra câmera e gravar.
Assim mesmo, no cru.
Esse é um tipo de trabalho no qual estamos nos exercitando há algumas semanas. Concentração, foco, improviso e fluxo de energia não podem faltar. É um desafio para o ator, mas o personagem quer falar e vocês poderão ouvi-lo.
Sushi de Cena. Às 19:00 horas no domingo.
por: Janaina Gomes, Luiz Felipe Botelho e Sofia Abreu.
Ainda há muito o que ver e daremos continuidade a isso segunda que vem.
Mas antes do encontro preparamos algo especial para a sala azul virtual. PREPARE O HASHI E O MOLHO SHOYU!!!
Domingo começaremos a postar o “Sushi de Cena- um improviso cruzinho pra mim e pra você”.
Mas como ele é preparado? Nós, atores, recebemos uma cartinha surpresa e a partir do que ela propõe teremos que dar vida a um momento CRUcial de um personagem. Nela consta O QUE esse personagem está prestes a falar, A QUEM ele vai dizer isso e em que CONTEXTO esta cena vai acontecer.
Pronto. Depois de lida a carta, só nos resta olhar pra câmera e gravar.
Assim mesmo, no cru.
Esse é um tipo de trabalho no qual estamos nos exercitando há algumas semanas. Concentração, foco, improviso e fluxo de energia não podem faltar. É um desafio para o ator, mas o personagem quer falar e vocês poderão ouvi-lo.
Sushi de Cena. Às 19:00 horas no domingo.
por: Janaina Gomes, Luiz Felipe Botelho e Sofia Abreu.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
O retorno da sala azul virtual
Bem-vindos a nossa sala azul virtual. Neste ano de 2011 o Projeto TelaTeatro está abrindo suas portas para ficar mais íntimo do mundão. Semana passada, segunda-feira dia 24, tivemos nosso primeiro encontro cara-a-cara com o público nesse ano. Recebemos gente amiga para degustar do nosso aperitivo denominado “Confissões”. Foi ótimo.
Voltamos ao casulo para trabalhar em novos desafios ontem. O GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) se jogou em mais uma proposta de Felipe Botelho. Sala dividida em duas equipes, éramos três a três em um só personagem. Modelamos o corpo como criança que brinca com a massinha de modelar na hora do recreio. Éramos crianças com a responsabilidade de apenas estar presente no presente e foi a partir de estímulos “simples”, que serviram de base como: nome, idade, etnia e característica física mais forte que construimos duas personalidades ótimas de se trabalhar.
A Kátia Vartuí e o Felipe, criaturas lindas que surgiram e foram ganhando cada vez mais forma e conteúdo através de uma entrevista elaborada por cada equipe para saber um pouco mais sobre a intimidade dos personagens. Notamos a particularidade e o eixo da Kátia com sua serenidade necessária e do Felipe com o seu descaramento peculiar que lhe davam uma simpatia incrível.
Como diria Sofia Abreu, uma das participantes do grupo, é como se estivéssemos em um rio deixando com que a correnteza nos levasse, caso batesse o medo ou a angustia, sabíamos que estavam todos na margem desse rio estendendo a mão para que o navegante retomasse a terra firme.
Os diagramas a seguir mostram os pontos de tensão de cada personagem que desenvolvemos ontem: Kátia e Felipe. Aqui vai uma amostra de como as tensões no corpo podem virar a fonte para o personagem surgir e como corpos de atores diferentes reagem ao mesmo estímulo.
Qual o diagrama de Kátia? e o de Felipe?
Voltamos ao casulo para trabalhar em novos desafios ontem. O GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) se jogou em mais uma proposta de Felipe Botelho. Sala dividida em duas equipes, éramos três a três em um só personagem. Modelamos o corpo como criança que brinca com a massinha de modelar na hora do recreio. Éramos crianças com a responsabilidade de apenas estar presente no presente e foi a partir de estímulos “simples”, que serviram de base como: nome, idade, etnia e característica física mais forte que construimos duas personalidades ótimas de se trabalhar.
A Kátia Vartuí e o Felipe, criaturas lindas que surgiram e foram ganhando cada vez mais forma e conteúdo através de uma entrevista elaborada por cada equipe para saber um pouco mais sobre a intimidade dos personagens. Notamos a particularidade e o eixo da Kátia com sua serenidade necessária e do Felipe com o seu descaramento peculiar que lhe davam uma simpatia incrível.
Como diria Sofia Abreu, uma das participantes do grupo, é como se estivéssemos em um rio deixando com que a correnteza nos levasse, caso batesse o medo ou a angustia, sabíamos que estavam todos na margem desse rio estendendo a mão para que o navegante retomasse a terra firme.
Os diagramas a seguir mostram os pontos de tensão de cada personagem que desenvolvemos ontem: Kátia e Felipe. Aqui vai uma amostra de como as tensões no corpo podem virar a fonte para o personagem surgir e como corpos de atores diferentes reagem ao mesmo estímulo.
Qual o diagrama de Kátia? e o de Felipe?
É isso, nosso foco é a criação, sempre. Ela é exercício. Estamos praticando e você aí de fora? Semana que vem teremos novidades por aqui. Aguardem!!!!
Por: Janaina Gomes e Sofia Abreu
Por: Janaina Gomes e Sofia Abreu
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Confissões!
Hoje realizaremos o exercício de improviso aberto ao público intitulado “Confissões”. Esse trabalho é, ao mesmo tempo, uma apresentação de "work in progress" e um recorte no processo de experimentação do Grupo de Estudos do Trabalho do Ator (GETA). É um "trabalho em processo" porque está focado na geração de subsídios específicos para a fase seguinte das atividades do grupo, que é a criação de um espetáculo a partir da própria cara dos grupos. É um recorte, pois havia uma necessidade interna de criar a oportunidade de contato com o público neste momento. A dinâmica de "Confissões" é simples. Cada ator criará uma situação com dois focos principais para a improvisação que ele mesmo fará, abrangendo: (a) algo que o personagem sente extrema necessidade de confessar; (b) para quem está sendo feita aquela confissão. "Confissões" abrirá o ciclo de atividades abertas ao público do Projeto TelaTeatro no ano de 2011, com início previsto para 19h30 no estúdio da Massangana Multimídia (MMP), na Fundaj do Derby (Rua Henrique Dias 609, Térreo).
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