Os registros das gravações da nossa minissérie continuam. Hoje o foco é a preparação das cenas noturnas no terreno de um hotel em Bonito. A escolha do local evidentemente considerou a aparência do cenário, mas privilegiou a conveniência técnica: era próximo dos alojamentos e dispunha de energia elétrica para a iluminação. O desafio maior foi para o diretor de fotografia Júlio Ribeiro, que teve que iluminar uma área de 100 metros quadrados de modo a simular a luz da lua. Com o apoio do motorista Ricardo Gusmão e do estagiário de produção Bruno França, distribuiu focos numa única direção, recorrendo a gelatinas azuis para reforçar o efeito. Combinado com a luz alaranjada das chamas da fogueira, o resultado da proposta de Júlio ficou natural e muito bonito. Mas houve restrições. O limite da área de enquadramento ficou bem pequeno. Além dos cuidados que tive para não projetar sombras no elenco nas tomadas em movimento, havia uma edificação ao fundo que não poderia aparecer. Isso inviabilizou a realização de alguns contra-planos, exigindo longas tomadas de diálogos e, consequentemente, um bom domínio de marcas e textos por parte dos atores.
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