quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Fotos do episódio de Minussi e Vida - dia 4

Hoje foi um dia "maratônico", fechando o cronograma deste episódio e contando com a participação especial de duas atrizes locais: Isolda Barreto (Rose) e Mariquinha Santos (Moça na praça). Para simular o cenário de Stufana, as gravações deste dia foram feitas na residência do Prof. Fábio Valente, a quem agradecemos a gentileza de receber a equipe. As cenas finais foram gravadas mais uma vez no Parque 13 de Maio, ao cair da tarde. Parabéns a todos da equipe, por tudo o que foram e fizeram nesta etapa do processo, do talento à ação. Nas fotos a seguir (de Amanda Torres, Diego Albuck e Kyara Muniz), o registro dos fatos de hoje. Maiores detalhes, veja no post de 04/12/09.









terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fotos do episódio de Minussi e Vida - dia 3

O terceiro dia de gravação foi o mais intenso e difícil em termos de dramaticidade (veja detalhes no post de 03/12/09). Mas também teve chá com biscoitos, tudo com carinho e capricho, cortesia da verdadeira dona da locação: Kyara Muniz. Confira a seguir as fotos de Amanda Torres, Kyara Muniz e Diego Albuck.







segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fotos do episódio de Minussi e Vida - dia 2

As fotos de hoje são de Diego Albuck, assistente de direção e produção, e de Kyara Muniz, colaboradora pedagógica dos Grupos de Estudos. As gravações desse dia foram feitas no Parque 13 de Maio, no centro do Recife (PE) e foram descritas pelo próprio Diego no post do dia 02/12/08. Se para as crianças foi uma farra só (todas as cenas delas envolviam brincadeiras e situações divertidas), para os atores foi uma antecipação da alta voltagem a ser vivida no dia 3. Para Giordano Castro, um gostinho de suspense. Para Thaiane Cavalcante e Ana Carolina Miranda, a calmaria que antecede a tempestade. Amanhã teremos fotos desse momento.








domingo, 6 de dezembro de 2009

Fotos do episódio de Minussi e Vida - dia 1

Veja aqui fotos do assistente de direção e produção, Diego Albuck, que conseguiu excelentes flagrantes da maratona que acabou se tornando a gravação de cenas tão simples (veja o post do dia 01/12/09). O que vivemos foi o exemplo do que pode acontecer quando fazemos um julgamento precipitado sobre as qualidades de uma locação (aparência nota dez, mas condições de trabalho em dia de semana, nota zero).






sábado, 5 de dezembro de 2009

Locação de Ávana e Céu

No dia 30 de novembro, em viagem pelo interior de Pernambuco, foram escolhidas as locações principais do episódio focado em Ávana (Janaína Gomes) e Céu (Regina Medeiros), casa misteriosa em região agreste, às margens de uma rodovia deserta.





sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O episódio de Vida e Minussi - Dia 4

“Não importa o que tiraram de você, o que importa é o que você vai fazer com o que sobrou...”

É com esse pensamento que escrevo sobre a última gravação de Minussi e Vida. Estamos chegando ao fim de percurso, mas totalmente com cara de começo para todos que trabalharam nesse processo, e também para Minussi que volta a Stufana para um novo treinamento, uma nova jornada começa e sua missão recomeça. Hoje contamos com a valentia de Fábio Valente que nos acolheu em sua casa em Aldeia e a atriz Isolda Barreto que compôs Rose, a guia de Minussi nesse seu re-começo. A priori Isolda se sente totalmente à vontade com a história e parece pronta a incorporar Rose. Já Thaianne Cavalcanti, apesar do seu cansaço diário, estava calma e serena para a realização da cena. É importante frisar que a atriz Carol Miranda estava presente e até deu força como contra-regra de Felipe. Kyara registrava tudo o que acontecia e Sr. Ricardo, mais uma vez, nos ajudava na produção. Tudo estava caminhando bem. Porém a palavra do dia é “Síntese”, pois foi uma simplificação de fatores que ocorreram em dias anteriores que atrapalharam um pouco as gravações. Foram desde as rimas dos “ãos” caminhão, avião e uma construção ao lado da casa em que o nosso pedido de silêncio foi solicitado e os obreiros acataram calmamente e esperaram findar as gravações. Era mensageiro, vento e Calipppssoooooo que soava no rádio circunvizinho.

Quanto à interpretação vale registrar a importância do convite da atriz Isolda para o papel, pela sua vasta experiência no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) e sua atuação decorrente e atual no Centro Apolo-Hermilo. Mas, diante de tanta experiência de teatro, ela se sentia um pouco inibida diante das câmeras. Por isso teve que haver alguns ensaios correntes e também alguns improvisos. Se a falta de experiência quanto à linguagem cinematográfica dificultava Isolda, isso mais não acontecia com Thai Cavalcanti que estava segura em seu papel e mostrava uma maturidade adquirida pelo dia anterior. Felipe tentava conduzir a cena e a mesma aos poucos se desenhava e se formava e assim terminava mais um ciclo de Minussi e declarava o término de sua participação temporária em Stufana.

No final da tarde tivemos que gravar uma cena extra que ficara faltando. Para isso tivemos a participação da atriz Mariquinha Santos, amiga do ator/dramaturgo Giordano Bruno. Mariquinha se dispôs a fazer o trabalho numa alegria e espontaneidade que dava gosto de se ver. Sua experiência teatral advém da Escola de Arte João Pernambuco e cinematográfica de quatro curtas que ela atuara agora há pouco. A cena foi gravada no Parque 13 de maio, esta seria a última cena com Vida (Ana Carolina Miranda) e parecia tão real que aguçava a curiosidade do público na realização do trabalho. Essa cena foi gravada tão rápido que logo estávamos na Kombi voltando para a FUNDAJ.

Como todos os dias de gravação eu e Felipe nos reunimos para analisar os pontos positivos e negativos e acrescentar algo nas próximas gravações. Chegamos à conclusão que o trabalho foi concluído e com louvor. A minha inclusão no processo, apesar de minha inexperiência em produção e direção, foi uma iniciativa interessante para a concretização do processo e o registro dos episódios ajudavam a nortear tanto os dramaturgos e atores quanto ao público/leitor que lê os diários, afirma Felipe. Para mim foi um prazer enorme participar desse trabalho, no qual tentei fazer o melhor que pude. Vale ressaltar aqui os agradecimentos aos idealizadores/produtores dessa história belíssima: Elton Rodrigues, Giordano Bruno e Onézia Lima (Lili); aos atores Ana Carolina Miranda, Anais Coelho, Giordano Bruno, Isolda Barreto, Maria Luisa Aguiar, Mariquinha Santos e Thaianne Cavalcanti; aos pais Edivani Batista, Fabiana Coelho e Ruy Aguiar; aos anfitriões Fábio Valente e a Kyara Muniz; a fotógrafa Amanda Torres; ao apoio técnico Sr. Ricardo e D. Nilda, ao assistente de produção/direção Diego Albuck e ao diretor Luiz Felipe Botelho pela desenvoltura e prontidão no realizar desse episódio e é claro também aqueles que diretamente ou indiretamente torceram para que esse projeto tornasse realidade. Que todos sejam abraçados e parabenizados pelo apoio e fiquem atentos que não acaba por aí não. Marana está se preparando e o seu episódio vem aí, cheio de novidades. Óbvio que estarei aqui anotando tudo para vocês. (Obs: Gente eu me senti Perez Hilton agora poooodre kkkkkkkk)

AGUARDEM!!!!!!

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Vida e Minussi é de autoria de Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima, com as atrizes Ana Carolina Miranda (Vida) e Thaianne Cavalcanti (Minussi). Atores convidados: Giordano Bruno (Karol), Isolda Barreto (Rose) e Mariquinha Santos (Mulher no parque). Participação especial das crianças Anaïs Coelho (Sol) e Maria Luisa Batista de Aguiar (Hannah).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O episódio de Vida e Minussi - Dia 3

Diego está sentado em frente ao computador digitando o 3º relatório de gravação. Ele está tenso. Angustiado. Não consegue escrever. Seus pés se movem mais rápido do que de costume.

- Nãao!!! Isso tá péssimo. Vamos continuar de outro jeito. Vamos improvisar.

O improviso é a melhor arma numa hora dessas. Improviso foi a palavra-chave para o início do 3º dia de gravação, teve que haver muitos ensaios para começar a gravar. As gravações de hoje aconteceram na casa de Kyara Muniz. As dicas de Felipe foram imprescindíveis para direcionar a cena mais difícil do episódio, a revelação de Vida (Ana Carolina Miranda) à Minussi (Thaianne Cavalcanti). A responsabilidade da cena se chocava com o nervosismo das atrizes que precisavam de um pouco mais de concentração para que o trabalho do ator falasse mais alto nas encenações. A mais recente formada em Artes Cênicas Thaianne Cavalcanti estava numa encruzilhada na qual passam a maioria dos atores de teatro quando passa a representar em frente a uma película e a se questionar sobre a relação entre a linguagem cinematográfica e teatral. Ela se encontrava definitivamente na fronteira das linguagens.


O clima das gravações estava um pouco tenso devido ao peso que a cena proporcionava, foi um processo árduo de longas cenas, de muita centralização e muita leitura no texto. À medida que o tempo passava e a cena se desenrolava quem assistia ficava mais tencionado e emocionado com a interpretação das duas atrizes que arrancavam choro dos espectadores (Eu, Kyara e Amanda Torres que fotografava perfeitamente as cenas), e também do diretor Felipe que ficava embasbacado com tanta avidez e força na interpretação. Era um turbilhão de sentimentos encorpados de ódio, raiva, medo, amor, angústia que desnivelava nas expressões faciais e corporais das personagens. Chegando ao final da cena, no qual diria o seu ápice, em que a revelação era feita, a cena foi gravada sem cortes e aí contava com a experiência do ator que foi destrinchada intensamente através das intérpretes, e assim extraiam aplausos dos presentes nas gravações. Vale ressaltar que as duas deram uma belíssima aula de interpretação, disciplina, equilíbrio emocional, sensibilidade e disposição física para a composição das personagens. Thai Cavalcanti chegou ao limite de pedir uma tapa no rosto de sua companheira de cena para que a cena ficasse mais realista. Carol mais contida apenas a empurrou e deu uns puxões para extrair o ódio de Minussi por Vida. Quem assistia ficava com olhos, corpo, coração vidrados com tanta voracidade enérgica emanada das atrizes. Foi um dia plenamente tenso, mas ejaculado de gozo e felicidade no final pela obra-prima que se encaminhava o episódio de Minussi e Vida. Para não perder o costume deixo duas frases que vão especialmente para o diretor e as atrizes desse grande espetáculo que demonstraram garra e muita força de vontade na execução desse trabalho, elas são de Albert Einstein e Alan Kardec que refletem claramente o dia de hoje: “Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade." E “Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Vida e Minussi é de autoria de Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima, com as atrizes Ana Carolina Miranda (Vida) e Thaianne Cavalcanti (Minussi). Atores convidados: Giordano Bruno (Karol), Isolda Barreto (Rose) e Mariquinha Santos (Mulher no parque). Participação especial das crianças Anaïs Coelho (Sol) e Maria Luisa Batista de Aguiar (Hannah).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O episódio de Vida e Minussi - Dia 2

“O mundo é um parque e a Vida gira feito um carrossel”.

Não há nada melhor que gravar com crianças brincando, e foi num local agradável, com árvores, bichos, crianças, ar fresco, gente malhando que fincamos nossa manhã de gravação. Com uma grande área verde o Parque 13 de Maio localizado no bairro de Santo Amaro, Recife, PE, foi o cenário perfeito para o segundo dia do episódio.

Para compor a cena tivemos hoje a presença de Minussi (Thai Cavalcanti), Vida (Ana Carolina Miranda), Karol (Giordano Castro), Sol (Anais Coelho) e Hannah (Maria Luisa Aguiar) e como suporte tínhamos o Sr. Ricardo (motorista da FUNDAJ), D. Nilda (acompanhando as meninas), e a fotografia por conta da dama da sobrinha amarela Kyara Muniz, todos atentos a voz do diretor Felipe Botelho. Se o dia de ontem precisávamos de Foco e Concentração, hoje estes tinham que estar aliados ao Relaxamento e a Observação do lugar. Falas na ponta da língua, as cenas de Minussi e Vida foram perfeitamente executadas e porque não dizer ritmadas, pois é importante frisar a harmonia entre as duas atrizes que juntas pareciam uma sinfonia. As mirins também não fizeram feio, estavam tão leves que levemente Felipe registrou as cenas das brincadeiras no balanço, esconde-esconde, escorrego, tanto que elas nem sentiam a gravação, mas sim uma grande brincadeira no parque. A participação de Giordano foi de suma importância e o ator/dramaturgo estava mais concentrado que no dia anterior e tudo contribuiu para a composição do seu personagem. Sua cena era observar as mulheres como uma raposa apreciando as uvas.

Os céus estavam abençoando as gravações, apesar do barulho decorrente dos bombeiros, dos bichos, do caminhão e de uma bênção que queria nos tirar do nosso pleno juízo. Decerto vale salientar que depois de umas boas sacudidas de Giordano, Carol pode penetrar mais no sentimento de sua personagem, uma cena dificílima, mas que a intérprete soube tirar de letra.

Pudemos constatar no final que o dia foi muito cansativo, porém proveitoso. Cenas gravadas sem maiores atrapalhos e atropelos. Estamos seguindo o percurso/cronograma muito bem. Amanhã temos mais um dia pela frente e assim já diz uma frase reflexiva: “Deus ajuda quem cedo madruga”.

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Vida e Minussi é de autoria de Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima, com as atrizes Ana Carolina Miranda (Vida) e Thaianne Cavalcanti (Minussi). Atores convidados: Giordano Bruno (Karol), Isolda Barreto (Rose) e Mariquinha Santos (Mulher no parque). Participação especial das crianças Anaïs Coelho (Sol) e Maria Luisa Batista de Aguiar (Hannah).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O episódio de Vida e Minussi - Dia 1

07h30m, manhã do dia 01 de dezembro de 2009. Todos prontos para gravar? Carol está sentada sozinha lendo o seu texto. Mas cadê todo mundo?? Ruy chega com Maria Luisa e com Nilda. Felipe chega e já vai ajeitando tudo. Em seguida Fabiana e Anais também chegam e agora tudo certo para partir. Ei, mas cadê Giordano?? Dá um toque para ele Felipe! Ele está no coque e vai direto para a praça. E o motorista? Ih!! Vamos no carro de Felipe mesmo. Tudo certo, todos afinados, tudo pronto. Passatempo e o treloso do Giordano esqueceu a camisa. Temos que aproveitar o tempo de alguma forma, como por exemplo: Carol foi se maquiar, Fabiana ajudar a Anais estudar para a prova, e Nilda a aprontar Maria Luiza e eu?? Faço o que? Minha função é registrar tudo com a máquina fotográfica. Ai como senti falta de Amanda (a fotógrafa oficial de Stufana). Felipe volta de carro para a fundação em busca da camisa de Giordano e volta de Kombi junto com Seu Ricardo da FUNDAJ. Vamos ensaiar um pouquinho? É sempre bom antes de gravarmos. Respiração, Foco, Concentração é o que precisa Giordano e Carol, pois com tantos atropelos estão um pouco inquietos. Está bem, diz Felipe. Enquanto vocês ensaiam, vamos gravar a cena com as meninas, pois elas têm horas. Gravar ou brincar?? As meninas se divertiram com a gravação e tudo parece que fluiu rapidamente, porque em poucos “takes” e logo estava encerrada a participação de Hannah e Sol. Acho que agora Giordano e Carol estão afiados, então Felipe diz: Luz, Câmera, Aaaaaaçã ... Crack!, Prac!, Prec! Honk!, Fom! Fom! Screeech!, Iééé! Slam!, Blam! Trash!, Trá!, Pra! Era carro, caminhão, telefone, construção, conversas, avião, batidas de portão, curiosos de plantão e assim fazendo da gravação uma verdadeira CONFUSÃO!! Felipe cabisbaixo fala: “Não dá mais para gravar”. Giordano retruca: “Quem sabe em outro lugar?” Felipe se anima e diz: “Babaaado, isso vai solucionar”. Giordano recorda: “Nada foi só para me desculpar”. Então voltamos para a fundação e fomos à frente do estúdio. Eita!! Tem gente que está a pintar, então vamos para outro lugar. Em frente ao rio?? Não dá as grades irão atrapalhar, mas olhem tem uma escada lá, fala Felipe trazendo uma solução rápida. Depois de tanta algazarra nada melhor um local mais íntimo e sossegado. A escada fica no estacionamento da FUNDAJ, onde levava a um teatro antigo, hoje abandonado, na fundação. A gravação correu bem, atores mais compenetrados e que deram vida a Vida e a Karol fortemente e bravamente. Agora só a última para finalizar. Ihhh! A bateria acabou de acabar. Então deixa para lá, afirma Felipe feliz com o resultado. E o que todos aprenderam com o dia de hoje?? Quero deixar uma frase célebre para Carol, Felipe e Giordano: “Enquanto houver VIDA sempre haverá ESPERANÇA.”

Texto de Diego Albuck
Integrante do GED e assistente de direção/produção

O episódio de Vida e Minussi é de autoria de Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima, com as atrizes Ana Carolina Miranda (Vida) e Thaianne Cavalcanti (Minussi). Atores convidados: Giordano Bruno (Karol), Isolda Barreto (Rose) e Mariquinha Santos (Mulher no parque). Participação especial das crianças Anaïs Coelho (Sol) e Maria Luisa Batista de Aguiar (Hannah).

domingo, 29 de novembro de 2009

O bicho pegou!

E começou o ciclo de gravação dos quatro episódios criados pelos participantes do GED, dando continuidade aos trabalhos da minissérie desenvolvida por todos nós neste segundo semestre do TelaTeatro. A partir desta semana até o dia 23 de dezembro, as histórias específicas dos nove personagens serão gravadas em locações diversas, com a participação de vários atores convidados. Atualmente seguem os trabalhos de pré-produção (pré-locação, autorizações, convites, definição de figurinos e adereços, ajustes de questões técnicas e logísticas em gerais). Veja mais detalhes do processo, aqui, ainda esta semana.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Os episódios e a criação em grupo

A discussão mais quente deste semestre teve a ver com a idéia de "liberdade de criação". Antes de começarem os estudos e práticas envolvendo o melodrama - e, especificamente, a criação do universo da minissérie - os participantes do GE de Dramaturgia eram estimulados a dar vazão ilimitada às suas idéias, usando para isso apenas as indicações de gênero e linguagem dramatúrgica. Recebiam provocações e as desenvolviam como queriam e, ainda que não se atingissem os objetivos de escrever com inspiração neste ou naquele gênero, todo resultado sempre era enfatizado como algo válido em seu contexto de criação. O trabalho com o melodrama mudou essa prática. O grupo teve dificuldades em lidar com o modo de criar exigido pelo novo gênero, uma dinâmica que, a primeira vista, parecia sufocar a liberdade do autor. Acontece que, no melodrama, o gosto do público é a referência prioritária e isso pode mesmo dar a impressão de que o livre-arbítrio do autor foi domado ou até morto. Estamos nos dominios de um gênero cujas histórias são construídas visando prender a atenção do espectador. Para isso, valem todos os recursos possíveis: personagens cativantes como protagonistas; desdobramento da ação levando a sucessivos confrontos e desafios; circunstâncias inusitadas, cenários exóticos, mistérios, surpresas. O formato de minissérie adotado no GED também introduz um outro condicionante que não esteve presente até aqui nas atividades dos grupos de estudos: para que haja unidade na criação dos vários autores envolvidos, deve ser definido um universo ficcional de referência, com leis próprias, personagens e possibilidades de relação entre eles. Não se trata mais de um simples "mote" ou provocação. Nesse contexto de minissérie melodramática, cada passo dos autores precisa considerar essas referências. E aqui fica claro que a liberdade de criação não foi necessariamente abolida. Ao contrário, será provocada a ampliar seus potenciais. Assim, essa liberdade deverá ser interpretada de maneira distinta do que se fazia nos exercícios com outros gêneros, histórias autocentradas cujo único compromisso era com o prazer do autor. O desafio agora é um estranho e instigante paradoxo: ser livre a partir de limitações, fazer dos limites uma fonte infinita de idéias, provocações e prazer. O autor de melodramas terá que aprender a se deixar surpreender, se quiser que o público se surpreenda com suas obras.







terça-feira, 24 de novembro de 2009

O episódio de abertura

Com as gravações praticamente concluídas, o primeiro episódio teve o objetivo de amarrar as referências criadas pelos atores e dar uma base para tudo o que fosse criado dali por diante. O roteiro foi nascendo aos poucos, num diálogo entre as idéias dos atores, as práticas e improvisos em torno de cenas-chave e as discussões com os dramaturgos acerca do universo de onde vinham os personagens centrais. Essas cenas-chave se caracterizavam por revelar traços de cada personagem e de sua relação com os demais, tanto em termos de sua corporalidade (aparência, postura) quanto de seu interior (intenções, temperamento, modo de reagir, de se expressar). Interessante é que, para um espectador, a observação da ação em uma cena sempre evidencia o que o corpo necessariamente não explicita, sobretudo se for um improviso. Graças a esses exercícios, muito do que esses personagens ocultava também ficou claro para atores e dramaturgos (a dor da perda esclarecendo o aparente desequilibrio de Marana; o medo do desconhecido explicando a antipatia de Latika; o auto-domínio por trás das intervenções brincalhonas de Khassim; a força, disfarçada sob a aparente fragilidade de Céu e Vida e a fragilidade, guardada sob a força aparente de Minussi e Ávana). As cenas-chave abordavam (a) o temor de Céu de não controlar sua força e a tranquilidade de Ávana em relação à amiga; (b) o desconforto de Latika no novo mundo e a aparente implicância de Khassim; (c) o estranho e permanente trânsito de Marana entre a raiva, a tristeza e o encantamento; e (d) o confronto das amigas Vida e Minussi diante do desaparecimento das filhas desta.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cinco episódios

Os dramaturgos do GED estão finalizando seus roteiros para os cinco episódios da minissérie que foi criada em uma dinâmica entre os participantes dos dois grupos de estudos do Projeto TelaTeatro. O primeiro episódio, cujas gravações estão sendo concluídas, aborda a saída dos nove habitantes de Stufana, a misteriosa cidade erguida no centro-oeste do Brasil em 1959. Esse episódio, que introduz o temas e os personagens centrais, foi escrito por mim a partir das referências criadas pelos atores do GETA e desenvolvidas pelos dois grupos. Os quatro episódios seguintes abordam o que acontece com os nove stufanens, depois que eles se separam para realizar suas "tarefas" em nosso mundo. Cada grupo de personagens tem um episódio específico, sob a responsabilidade de uma equipe de dramaturgos: Ávana e Céu (Diego Albuck, Fabiana Coelho e Ruy Aguiar); Latika e Khassim (Amanda Torres, Edivane Batista e Laura da Hora); Marana (Cleyton Cabral, Márcio Andrade e Maria Pessoa); Minussi, Vida, Sol e Hannah (Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima). O intensificação dos trabalhos coincidiu com responsabilidades assumidas por alguns dos dramaturgos fora do âmbito do Projeto, o que atingiu quase todas as equipes. Nem todos puderam acompanhar o ritmo crescente do processo e atualmente só a equipe de Minussi e Vida segue em sua formação original. Edivane e Fabiana já declararam sua impossibilidade de continuar, embora permaneçam próximas e colaborando com o trabalho. Diego, Laura e Maria se organizam, cada um a seu modo, para compensar as faltas.





domingo, 22 de novembro de 2009

Bonito: Jornada concluída

Fim de sexta-feira, fim da viagem, exaustos, 20h30, diante da Fundação Joaquim Nabuco do Derby. Esse momento pode ser resumido na imagem de Edivane, Maria Luisa e Anaïs, logo depois de saírem do ônibus. Ruy, marido de Edivane, chegaria instantes depois para levar as três para suas respectivas casas (Anaïs é filha de Fabiana e Cajá). A próxima etapa? Deixa para pensar isso amanhã, depois de um belo descanso...

Veja aqui no blog, a partir de amanhã, uma série diária de posts mostrando como andam as atividades do pessoal do GED, o Grupo de Estudos de Dramaturgia.




sábado, 21 de novembro de 2009

Bonito: Véu da Noiva

Na viagem de pré-produção havíamos escolhido a cachoeira Barra Azul como locação para duas cenas importantes. De acesso fácil, seria o lugar ideal para trabalhar sem perda de tempo, com a vantagem de poder terminar o dia aproveitando para relaxar naquelas águas antes de retornar ao Recife. Porém a Barra Azul estava tomada de turistas, com aparelhos de som. Como dependíamos de silêncio para gravar os vários diálogos previstos, a presença inesperada de visitantes ruidosos detonou com todos os planos. A saída foi respirar fundo e galgar os 2 km morro acima na direção da cachoeira Véu da Noiva, linda, mas de acesso difícil. E com essa mudança, lá se foi nosso tempo. O sol desceu rápido. Uma das cenas acabou ficando pela metade (a principio decidiu-se cortar esse trecho da cena, mas posteriormente se veria que era possível gravar o restante em alguma mata perto de Recife). Eram cinco da tarde quando constatamos que não tinhamos mais condições de luz. Mas, ainda era possível nem que fosse um trisquinho de água de cachoeira sobre a cabeça. Todo mundo encarou as pedras escorregadias do Véu da Noiva e foi tomar o esperado banho.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Bonito: Hora de comer

Continua aqui o diário das gravações da nossa minissérie. Hoje falamos da alimentação da equipe durante as locações diurnas. Ao lado da casa-sede da propriedade de Dona Margarida há um terraço onde ela serve aperitivos, bebidas e refeições aos que passam por ali para visitar as cachoeiras. Como boa cozinheira que é, preparou uma refeição ajustada às características do grupo. Poucos comiam carne vermelha. Ela não se intimidou. Mestra do arrumadinho com charque e da galinha de cabidela, surpreendeu oferecendo três tipos de peixe (ironicamente raros na região) e três tipos de feijão (mulatinho, verde e macassar), além de saladas de verduras e legumes e uma saborosa fava com galinha guisada. Entendamos uma coisa: a propriedade fica a 25 km (7 km de barro) da cidade mais próxima e nem sempre é possível encontrar tudo o que se precisa. Sandra e Lila, filhas de Dona Margarida, mesmo tendo avisado antes que talvez não conseguissem atender todas as necessidades do grupo, deram conta de tudo. O resultado é que o grupo adorou o almoço e levou no coração a lembrança do carinho e do talento dessas três mulheres de Bonito.