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(GRANDE PÊNDULO BALANÇANDO. É O PÊNDULO DA VIDA. EM UM EXTREMO, UMA IRMÃ. NO OUTRO, A OUTRA. ENTRE ELAS, UM ABISMO DE TEMPO QUE AS CONSOME... A PRIMEIRA OLHA PARA A FRENTE, A SEGUNDA, DE CABEÇA BAIXA)
SIAMESA 1 - A minha cabeça está erguida, os girassóis se montam. É uma desnitidez nitidez nitidez lançada. Eu sou uma gota sem fonte nem esparramar, e meu meio me anima, mas me “mordaliza”... Outra sombra se aproxima, desta vez cresce na minha barriga. (PAUSA) Amor?
SIAMESA 2 - (ERGUENDO A CABEÇA. CANTANDO DOCE) Pois não?
SIAMESA 1 - (FATÍDICA) Uma de nós morrerá.
SIAMESA 2 - (AINDA DOCE, PARECENDO MAIS ENTORPECIDA) Qual não será surpresa a morte dessa segunda. Será?!
SIAMESA 1 - É triste. Mas inevitável e aborrecível.
SIAMESA 2 - É.
SIAMESA 1 - E é.
(FALANDO RÁPIDO, MECANICAMENTE TALVEZ OU RINDO, JAMAIS FURIOSAS)
SIAMESA 1 - Te odeio.
SIAMESA 2 - Me odeio também, ahahah.
SIAMESA 1 - Um soco no meu coração e você não é mais.
SIAMESA 2 - Dê-lhe-me. Venha. Vai. Dê-lhe-me.
(REPETEM EXAUSTIVAMENTE ESSE TRECHO. O PÊNDULO PÁRA E ELAS TAMBÉM, SIMULTANEAMENTE.)
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